De qualquer forma, às fls. 236/237, Laura Beatriz Gomes Tiraboschi declarou "que se recorda de, em 2002, estar trabalhando como estagiária da 8ª Vara Federal de Execuções Fiscais, tendo, dentre outras, a função de atendimento do balcão; que em determinado dia (não se recorda da data exata), atendeu uma pessoa, de sexo masculino, que se identificou como EDUARDO NUNES, e lhe pediu para consultar um processo; que esclarece que para ter acesso a um processo, na época, não era necessário ser advogado, bastava apresentar um documento de identidade, que era retido enquanto a pessoa consultava o processo; que assim, solicitou à pessoa que apresentasse um documento de identidade (reconhece o documento como sendo o reproduzido à fl. 07), e entregou-lhe o processo para consulta; que posteriormente, passou a exercer outras atividades, inclusive atendendo outras pessoas do balcão; que em determinado momento, quando foi atender outra pessoa no balcão, percebeu que ali havia sido deixado um processo cuja capa se referia à 7ª Vara de Execuções Fiscais e em cujo conteúdo, pôde verificar peças de um processo da 9ª Vara; que estranhou a situação, e foi comunicá-la a seu chefe na época, o Diretor em exercício GONÇALO DE SOUZA COSTA; que quando retornou ao balcão, percebeu que este já estava vazio, sem a presença de EDUARDO NUNES, embora seu documento continuasse retido; que perguntou a outro estagiário se o processo consultado por EDUARDO NUNES havia sido por ele devolvido, e foi informada que não; que diante da gravidade da situação, comunicou seus superiores, inclusive GONÇALO; que a declarante foi quem mais teve contato com a pessoa que se identificou como EDUARDO, mas não atentou muito para sua fisionomia, e hoje, em virtude do tempo decorrido, dificilmente teria condições de reconhecê-lo".