"Na época dos fatos da denúncia a depoente gerenciava a agência dos Correios na cidade de Fartura. Por volta das 13:00 horas ou pouco mais a depoente se encontrava em sua sala, cuja porta de comunicação com a agência estava apenas encostada. Surgiram dois indivíduos indagando a respeito de correspondência e a depoente logo suspeitou deles porque não é habitual clientes chegarem até aquela parte das dependências da agência. A depoente preocupou-se com o cofre, que estava aberto, mas logo um dos indivíduos disse para a depoente 'ficar tranqüila' que se tratava de um assalto. Mostrou uma arma de fogo que trazia na cintura. Os dois se apossaram dos valores que havia na agência, também de cartões telefônicos e saíram, depois de o segundo dos assaltantes ter recomendado aos carteiros que estavam próximos que continuassem trabalhando, para não reagirem. Deixaram o local e a depoente soube, posteriormente, pela atendente e pelos carteiros, que um cliente que estava na fila de atendimento referiu a presença de um terceiro assaltante com arma de fogo mantendo sob domínio os clientes, enquanto os outros dois entravam. Referências feitas por populares davam conta, depois, da possível presença de um quarto assaltante aguardando pelos demais, do lado de fora da agência. Os assaltantes levaram também dinheiro do caixa de atendimento aos clientes. A depoente estima em cerca de R$ 11.000,00 os valores subtraídos entre dinheiro e cartões telefônicos. O roubo aconteceu em uma segunda-feira e cerca de uma semana depois houve ação semelhante na agência dos correios no município de Óleo, oportunidade em que foram presos alguns indivíduos, submetidos a reconhecimento pela depoente" (f. 403).