
| D.E. Publicado em 17/11/2016 | 
|  |  | 
|  |  |  | 
EMENTA
ACÓRDÃO
Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide a Egrégia Quarta Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, por unanimidade, rejeitar os embargos de declaração opostos por JULIO USHIROHIRA e OUTROS e dar provimento aos embargos de declaração opostos pela UNIÃO, nos termos do relatório e voto que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.
| Documento eletrônico assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que instituiu a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, por: | |
| Signatário (a): | Monica Autran Machado Nobre:10069 | 
| Nº de Série do Certificado: | 4D18C32A04A80C7A5DB4EAA4A7328164 | 
| Data e Hora: | 28/10/2016 17:24:13 | 
|  |  | 
|  |  |  | 
RELATÓRIO
Trata-se de embargos de declaração opostos em face do v. Acórdão de fls. 397/405.
Interpuseram os embargos de declaração JULIO USHIROHIRA, MARINA HARUE MATSUCUMA USHIROHIRA, LUIZ SUZUKI, RUTH MIECO KAMIMURA SUZUKI, HIDEYUKI MORI, YOKO TIKUDE MORI, ANTONIO GUIMARAES CASAGRANDE, JULIA TEIXEIRA DE OLIVEIRA CASAGRANDE, CARLOS FERRAZ MUSSOLINI, VILMA MARIA CAPANEMA MUSSOLINI, JOSE HENRIQUE GARCIA LEAL, VERA REGINA MRIAND DE GISMENES GARCIA LEAL, NELSON KAZUMI KATAGUIRI, VERA LÚCIA SUZUKI KATAGURI, AMÉLIO SHIGUEO MIADA, CLAUDIA SUGIMOTO MIADA, ANTONIO SALOMÃO DA ROCHA, ELIANA TALARICO SALOMÃO, MINORU YAMASHITA, DARCI HATSUE KAMIMURA YAMASHITA, CARLOS ROBERTO SUZUKI, MICHICO OSAKI SUZUKI, HASSEN SALEH IBRAHIM ISMAIL e LUCIMERE FERREIRA IBRAHIM ISMAIL (fls. 407/415), nos quais alegam omissão do V. Acórdão, pois este deveria considerar os danos ambientais como de baixo impacto e, em razão disso, reconhecer a desnecessidade de qualquer demolição (princípio da razoabilidade e proporcionalidade). Ademais, não foi aplicado o disposto no art. 65, § 2º, da Lei nº 12.651/12, bem como o Estatuto da Cidade (Lei nº 10.257/01). Por fim, pede a classificação do imóvel em área urbana consolidada restringindo a demolição em até 20 (vinte) metros.
A UNIÃO, também em embargos de declaração (fls. 421/425), requer o pagamento de honorários advocatícios em seu favor.
É o relatório.
VOTO
Não assiste razão aos embargantes JULIO USHIROHIRA e OUTROS.
Os embargos de declaração, a teor do disposto no art. 1.022 NCPC (art. 535 do CPC de 1973) somente têm cabimento nos casos de obscuridade ou contradição (inc. I) ou de omissão (inc. II).
No caso, à evidência, o v. Acórdão embargado não se ressente de quaisquer desses vícios. Da simples leitura do julgado verifica-se que foram abordadas todas as questões debatidas pelas partes. No mais, resulta que pretende a parte embargante rediscutir matéria já decidida, o que denota o caráter infringente dos presentes embargos.
Nesse sentido, confira-se:
Ademais, desconstituir os fundamentos da decisão embargada implicaria, in casu, em inevitável reexame da matéria, incompatível com a natureza dos embargos declaratórios.
De qualquer sorte, acerca de ponto específico da irresignação do ora embargante, verifica-se do decisum embargado que a questão foi devidamente enfrentada, expondo de forma clara as razões de decidir. Vejamos o que se disse sobre a temática, objeto de prequestionamento, com amparo na jurisprudência:
É preciso, portanto, ressaltar que o r. decisão embargada abordou todas as questões apontadas pelo embargante, inexistindo nela, pois, qualquer contradição, obscuridade ou omissão.
Por outro lado, por força do princípio da causalidade, assiste razão à UNIÃO acerca da condenação em honorários sucumbenciais.
No caso concreto, considerando o trabalho desenvolvido, a natureza da ação e o tempo de tramitação do feito, fixo os honorários advocatícios em R$ 2.000,00 (dois mil reais).
A propósito:
Ante o exposto, rejeito os embargos de declaração opostos por JULIO USHIROHIRA e OUTROS e dou provimento aos embargos de declaração da UNIÃO para fixar os honorários advocatícios, em seu favor, no montante de R$ 2.000,00 (dois mil reais).
| Documento eletrônico assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que instituiu a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, por: | |
| Signatário (a): | Monica Autran Machado Nobre:10069 | 
| Nº de Série do Certificado: | 4D18C32A04A80C7A5DB4EAA4A7328164 | 
| Data e Hora: | 28/10/2016 17:24:16 |