Diário Eletrônico

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIÃO
 PODER JUDICIÁRIO
Tribunal Regional Federal da 3ª Região
1ª Turma

APELAÇÃO CÍVEL (198) Nº 0009226-89.2014.4.03.6120

RELATOR: Gab. 03 - DES. FED. CARLOS MUTA

APELANTE: EDMEA APARECIDA FALAVIGNA DENYS, UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

Advogado do(a) APELANTE: GUILHERME NORI - SP196470-A

APELADO: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO, EDMEA APARECIDA FALAVIGNA DENYS

Advogado do(a) APELADO: GUILHERME NORI - SP196470-A

OUTROS PARTICIPANTES:

 

 


 

  

 

APELAÇÃO CÍVEL (198) Nº 0009226-89.2014.4.03.6120

RELATOR: Gab. 03 - DES. FED. CARLOS MUTA

APELANTE: EDMEA APARECIDA FALAVIGNA DENYS, UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

Advogado do(a) APELANTE: GUILHERME NORI - SP196470-A
APELADO: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO, EDMEA APARECIDA FALAVIGNA DENYS

Advogado do(a) APELADO: GUILHERME NORI - SP196470-A

 

 

 

 

R E L A T Ó R I O

 

 

Trata-se de embargos de declaração contra acórdão assim ementado:

 

"APELAÇÃO CÍVEL. PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. RISCO BIOLÓGICO. LAUDO PERICIAL. FÉRIAS. TERÇO CONSTITUCIONAL. APELAÇÕES DESPROVIDAS.

1. Apelações interpostas pela autora e pela Universidade Federal do Rio de Janeiro contra sentença que julgou parcialmente procedente o pedido para condenar a Universidade Federal do Rio de Janeiro a pagar à parte autora: a) adicional de insalubridade de março/2011 a dezembro/2012, no percentual que já estava sendo pago, enquanto prestou serviços ao Município de Itápolis; e b) o terço constitucional de férias a partir de sua cessação em maio/2002, com atualização monetária e juros de mora, na forma do Manual de Cálculos da Justiça Federal, observando-se a prescrição quinquenal que antecede o ajuizamento da ação.

2. Conforme dispõe o artigo 1º Decreto nº 20.910/32, as dívidas da Fazenda Pública prescrevem em cinco anos. Prevalece no âmbito da jurisprudência do STJ, pela sistemática do artigo 543-C do CPC, esse entendimento. Intelecção da Súmula 85 STJ.

3. A razão determinante da incidência do adicional de insalubridade é a constante, habitual e permanente sujeição a agentes agressivos, físicos, químicos ou biológicos, à saúde, sendo a finalidade desta gratificação compensar os riscos inerentes ao exercício da atividade exercida.

4. A previsão da necessidade de contato permanente com pacientes em isolamento por doenças infectocontagiosas, a ensejar o direito ao adicional de insalubridade no grau máximo está tanto na legislação trabalhista (Anexo 14 da NR 15) quanto na  regulamentação do adicional aos servidores federais (Decreto n. 97.458/1989, Orientação Normativa SRH nº 2, de 19.02.2010 e Orientação Normativa SEGEP nº 6 de 18.03.2013).

5. Precedente no sentido da necessidade de contato permanente para fazer jus ao adicional de insalubridade.

6. Quanto ao ônus da prova, o art. 373, I e II, do CPC, dispõe que compete ao autor fazer prova constitutiva de seu direito e o réu, a prova dos fatos impeditivos, modificativos ou extintivos do direito do autor.

7. Considerado o disposto no artigo 76 da Lei n. 8.112/90, no sentido de que o adicional de férias será pago ao servidor independentemente de solicitação, de rigor o reconhecimento do direito da autora ao recebimento do terço constitucional de férias desde maio/2002, respeitada a prescrição quinquenal.

8. Majoração dos honorários sucumbenciais (art. 85, §11 do CPC).

9. Apelações desprovidas."

 

Alegou-se obscuridade na condenação de honorários recursais, pois "ao mesmo tempo em que declara que o INSS deve arcar com os honorários recursais, fixa honorários de 1% sobre o percentual fixado na sentença a serem pagos pelas partes".

Sem contrarrazões.

É o relatório.

 

 

 


 

APELAÇÃO CÍVEL (198) Nº 0009226-89.2014.4.03.6120

RELATOR: Gab. 03 - DES. FED. CARLOS MUTA

APELANTE: EDMEA APARECIDA FALAVIGNA DENYS, UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

Advogado do(a) APELANTE: GUILHERME NORI - SP196470-A
APELADO: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO, EDMEA APARECIDA FALAVIGNA DENYS

Advogado do(a) APELADO: GUILHERME NORI - SP196470-A

 

 

 

 

 V O T O

 

 

Senhores Desembargadores, reconheço erro material existente, dada a divergência apontada pela embargante, pois o INSS não é parte no processo, para que, em correção, passe a constar que:

 

"Mantida a decisão em grau recursal quanto ao mérito, impõe-se a majoração dos honorários, por incidência do disposto no §11 do artigo 85 do NCPC.

Assim, com base no art. 85 e parágrafos do CPC, devem ser majorados os honorários advocatícios a serem pagos pelas partes levando em conta o trabalho adicional realizado em grau recursal, aos quais acresço 1%, sobre o percentual fixado na sentença".

 

Ante o exposto, acolho os embargos de declaração para corrigir erro material, nos termos supracitados. 

É como voto. 

 



E M E N T A

 

DIREITO PROCESSUAL CIVIL.  EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. ERRO MATERIAL. VERBA HONORÁRIA RECURSAL. CORREÇÃO. 

1. Corrige-se mero erro material para que passe a constar que "Mantida a decisão em grau recursal quanto ao mérito, impõe-se a majoração dos honorários, por incidência do disposto no §11 do artigo 85 do NCPC. Assim, com base no art. 85 e parágrafos do CPC, devem ser majorados os honorários advocatícios a serem pagos pelas partes levando em conta o trabalho adicional realizado em grau recursal, aos quais acresço 1%, sobre o percentual fixado na sentença".

2. Embargos de declaração acolhidos.


  ACÓRDÃO

Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, a Primeira Turma, por unanimidade, acolheu os embargos de declaração para corrigir erro material, nos termos do relatório e voto que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.