Iniciativa em parceria com DPE/SP e CNJ conta com palestras e exposição de obras
Começou hoje, 24 de abril, o evento “A arte do povo da rua”, no Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3), em parceria com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e a Defensoria Pública do Estado de São Paulo (DPE/SP).
A iniciativa, organizada pela Escola da Defensoria Pública do Estado de São Paulo (Edepe), visa valorizar a arte como instrumento de transformação social, oferecendo visibilidade a expressões artísticas que fortalecem a identidade e a dignidade de populações em situação de vulnerabilidade.
Compuseram a mesa de abertura a desembargadora federal Inês Virgínia, representando o presidente do TRF3, desembargador federal Carlos Muta; o conselheiro e coordenador da Política de Atenção das Pessoas em Situação de Rua do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Pablo Coutinho Barreto; a juíza federal Marisa Cláudia Gonçalves Cucio; o diretor da Escola da Defensoria Pública do Estado de São Paulo (Edepe), Allan Ramalho Ferreira; a chefe de gabinete da Defensoria-Geral do Estado de São Paulo, Amanda Polastro Schaefer; a defensora pública da União e presidente do Conselho Nacional dos Direitos Humanos e Cidadania (CNDH), Charlene Borges; e a presidente da Fundação Casa, Cláudia Carletto.
Mesa de abertura do evento “A arte do povo da rua” (Fotos: ACOM/TRF3)
O diretor da Edepe, Allan Ramalho Ferreira, iniciou a programação destacando o trabalho integrado das instituições. “Para além de um gesto de valorização artística, trata-se de uma convocação ética, uma chamada à escuta de vozes historicamente silenciadas. Esta é uma abertura simbólica de espaços para a presença, criação e dignidade de quem vive às margens do direito formal”.
A desembargadora federal Inês Virgínia destacou o trabalho pioneiro da 3ª Região no atendimento à população em situação de rua. “O Tribunal possui um olhar diferenciado sobre esse tema. Este é um evento de grande importância para a Corte, com uma bela exposição de arte que emociona”, disse.
Painel
Na sequência, ocorreu o primeiro painel com o tema “Pessoas em Situação de Rua e Cidadanias”.
Em sua exposição, a juíza federal Marisa Cucio destacou como a arte pode transformar vidas. “Juntar renda, cidadania e arte pode ser um caminho para que as pessoas em vulnerabilidade não se sintam excluídas e desamparadas.”
Para a defensora pública Charlene Borges, a exibição dos quadros é uma oportunidade para os visitantes conhecerem a sensibilidade e os corações das pessoas que vivem em situação de rua. “Além do grito do enfrentamento e de luta, a arte é outra forma de dar sentido e visibilidade para essa população.”
Mesa do painel “Pessoas em Situação de Rua e Cidadanias”
Darcy da Silva Costa viveu em situação de rua no passado e hoje é o diretor-presidente do Centro de Integração pela Arte, Trabalho e Educação (Cisarte). “Naquela época tive a oportunidade de participar de uma oficina de mosaico. Isso me mostrou um caminho, uma oportunidade de superação. O Cisarte, junto com outras instituições, tem mostrado resultados importantes neste sentido. A arte tem o poder de organizar os pensamentos das pessoas.”
A defensora Amanda Polastro Schaefer ressaltou que “a arte é um elemento transformador que traz dignidade”.
O evento segue amanhã, dia 25/4, das 16h às 19h, com palestras, atividades culturais, exposição de arte temporária e itinerante, com foco em temas urgentes que envolvem pessoas em situação de rua.
Para mais informações, acesse a página da Edepe.
Exposição
No térreo do edifício sede do TRF3, foi inaugurada exposição com obras de autoria de pessoas em situação de rua atendidas pela DPE/SP, por instituições parceiras, pela rede socioassistencial e de saúde do município, além de artistas da comunidade LGBTQIA+ com vivência de rua. A mostra aborda temas urgentes como justiça climática e desigualdades sociais.
Abertura da exposição com obras de autoria de pessoas em situação de rua
A mostra, que segue até o dia 30 de abril, está alinhada à campanha nacional da Associação Nacional de Defensoras e Defensores Públicos (ANADEP) para 2025 e ao “Segundo Encontro PopRuaJud”, promovido pelo CNJ.
Gleice Cassiano de Castro é uma das artistas com obra exposta
Assessoria de Comunicação Social do TRF3
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Assessoria de Comunicação Social do TRF3
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