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07 / maio / 2002
JUSTIÇA FEDERAL DETERMINA BUSCA E APREENSÃO CONTRA SEITA DO REVERENDO MOON
O juiz federal Odilon de Oliveira, da 3.ª Vara de Campo Grande – MS, determinou à Polícia Federal, no último dia 3/5, “expedição de mandados de busca e apreensão de coisas, objetos ou instrumentos, incluindo computadores e disquetes”, para apuração de crimes de sonegação fiscal, de evasão de divisas e de lavagem de dinheiro, supostamente praticados pela Associação das Famílias para a Unificação e Paz Mundial, conhecida como Seita de Sun Myun Moon ou Reverendo Moon.
O pedido de busca e apreensão foi feito pela Polícia Federal em Mato Grosso do Sul e pelo Ministério Público Federal, MPF. O juiz Odilon deferiu, também, o livre acesso da Receita Federal aos documentos bancários e fiscais apreendidos, podendo fazer uso deles nas investigações administrativas.
Para a Polícia Federal e o MPF, está havendo sonegação fiscal e a soberania nacional está sendo ameaçada. Moon, segundo as investigações, trouxe oficialmente para o país cerca de 40 milhões de dólares, de novembro de 95 a outubro de 99, entretanto, o patrimônio adquirido já ultrapassa, do lado brasileiro, R$ 600 milhões. “A diferença teria entrado irregularmente no Brasil, onde brasileiros são usados como laranjas”, argumentam a Polícia Federal e o MPF. A Receita Federal estima que a sonegação de ITR (Imposto Territorial Rural) chega a quase R$ 4 milhões. A Polícia Federal e o MPF citam, ainda, nomes de diversas pessoas, relacionando-as às atividades da Associação, estas estritamente ligadas à Igreja da Unificação, sob o comando de Moon. Também foi detectada pela Polícia Federal a presença de centenas de estrangeiros nas propriedades de Moon.
De acordo com a decisão do juiz Odilon de Oliveira, “as provas já existentes no inquérito policial e os levantamentos feitos pela Receita Federal indicam que o reverendo Moon, burlando a legislação brasileira, através da referida Associação, supostamente dirigida por brasileiros, mas, na verdade, administrada por coreanos, asseveram que a verdadeira intenção de Moon é adquirir grandes áreas na faixa de fronteira, do lado brasileiro e em território paraguaio, contiguamente para formar um Estado coreano”. Para o juiz, “é necessário, assim, que a Polícia Federal, a quem compete as investigações, realize minucioso trabalho nesse sentido. Para tanto não pode ela sofrer embaraços”.
Em fevereiro deste ano, a Justiça Federal de Campo Grande já havia decretado a quebra de sigilo da Seita do Reverendo Moon (veja a notícia do dia 06/02).


revmoon.doc
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Assessoria de Comunicação Social do TRF3

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