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04 / outubro / 2002
I FÓRUM DE SAÚDE PSICOSSOCIAL NA JUSTIÇA FEDERAL NA 3ª REGIÃO
Com o objetivo de discutir a importância dos fatores psicossociais nas relações de trabalho dos servidores, o Tribunal Regional Federal, TRF, da 3ª Região, e o Conselho da Justiça Federal, CJF, realizaram hoje (4/10) o I Fórum de Saúde Psicossocial na Justiça Federal da 3ª Região.
Na abertura do evento, o juiz José Eduardo dos Santos Neves, diretor da Seção Judiciária de São Paulo saudou os participantes e destacou a iniciativa pioneira do fórum na 3ª Região, cujos resultados serão benéficos para todos.
“Pode-se afirmar”, disse ele, “que a palavra “integração” entre todos os setores é a síntese da gestão do desembargador Márcio Moraes, presidente do TRF3, e ela não seria perfeita se não ouvisse os servidores submetidos às pressões do trabalho. Ressalvou que a atividade jurisdicional é uma das mais estressantes, pois nela se confrontam “vencedores” e “vencidos”, refletindo-se na vida do servidor.
A primeira palestra coube a Rosa Maria Spinelli, presidente da Associação Brasileira de Medicina Psicossomática – Regional São Paulo, com o tema “Trabalho e Sofrimento Psíquico”.
Segundo a conferencista, o trabalho nesse milênio que se inicia está em constante evolução e as regras sociais exigem cada vez mais a integração do indivíduo ao grupo que pertence e representa. Essas exigências acabam gerando situações de angústia em todas as profissões. Para alguns indivíduos elas assumem características produtivas e para outros paralizantes, diz Rosa.
Rosa vê na comunicação o primeiro princípio para ajudar as pessoas a se integrarem e a superarem o sentimento de insignificância que, por vezes, sentem dentro de uma instituição.
As instituições, sobretudo aquelas em que a hierarquia e o poder têm papel preponderante, explica a palestrante, são rígidas e passíveis de ser mudadas somente quando todos quiserem. Quando falta a colaboração, Rosa adverte que a solidão e a competição acaba angustiando e paralizando a todos. “A doença”, diz ela, “é o último recurso que se busca para sobreviver ao sofrimento.”
Daniela Sanches Tavares, psicóloga, falou sobre os “Fatores Psicossociais no Trabalho no Tribunal Regional Federal da 3ª Região”. Sua exposição resultou de pesquisa que elaborou pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo mediante convênio com o TRF3.
A pesquisa foi dirigida a 37 servidores do TRF3 e partiu da pergunta “como os servidores definem, explicam e enfrentam o sofrimento no trabalho?”.
Conta Daniela que as respostas obtidas apontaram o volume de trabalho, injustiças dentro do ambiente de trabalho, não reconhecimento pelo trabalho que se realiza, falta de autonomia e estagnação profissional como principais fatores de angústia e sofrimento. Como elementos moderadores desse sofrimento, os servidores propunham critérios explícitos de avaliação pessoal, relações sociais positivas no trabalho, aprendizado no trabalho e estratégias individuais de enfrentamento.
Na avaliação de Daniela, os resultados da pesquisa “apontam para repercussões das políticas e práticas institucionais no bem-estar dos servidores e para a relação existente entre o sofrimento no trabalho e a frustração de necessidades e expectativas profissionais dos servidores”.
Rute Maria Vaz, psicóloga, trouxe a experiência do Projeto Qualidade de Vida e Trabalho no Tribunal Regional Federal da 1ª Região. O método de pesquisa também serviu como base para elaboração desse projeto, seus resultados, contudo foram bem diferentes da pesquisa realizada na 3ª Região.
A pesquisa da 1ª Região estabeleceu um critério de urgência (conforme indicação dos questionários) para tomar providências após análise sistematização das respostas dos funcionários. Rute conta que nas pesquisas destacava-se a necessidade de uma lanchonete e de melhores condições no estacionamento para os funcionários, sendo estas as providências urgentes para se tomar. “Quando a lanchonete foi construída, a credibilidade dos servidores aumentou.”
Atualmente, o TRF1 possui um Plano de Ação para o biênio 2002/2003, elaborado com base no resultado das pesquisas realizadas, que propõe 29 ações levando em conta o aspecto organizacional, psicológico, biológico e social dos servidores na instituição.
Além dessas palestras, o programa do I Fórum incluiu ainda o “Stress: uma investigação sobre a qualidade de vida dos servidores do CJF”, apresentado por Gláucia M. Silva e Maria Luiza Barbosa, “Promoção de Saúde no Ambiente de Trabalho”, por Alberto Ogata, diretor do Departamento Médico do TRF3; “Projeto Viver em São Paulo: Outros Olhares”, por Marlene Dutra, da Justiça Federal de São Paulo e Djenane Jovita , do TRF3. Depois das palestras, uma mesa redonda integrada por Célia R. Lopomo, TRF3, e Maria Celeste Anderson, do Tribunal de Justiça de São Paulo, discutiu o tema “Atenção à Saúde Mental”.
O Fórum foi encerrado com reunião plenária, para conclusões sobre as questões suscitadas durante as palestras.
O I Fórum de Saúde Psicossocial na Justiça Federal foi realizado no Fórum Social Ministro Jeronymo Ferrante, na rua São Joaquim, 69, em São Paulo, Capital.
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Assessoria de Comunicação Social do TRF3

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