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21 / setembro / 2004
VIOLÊNCIA E JUSTIÇA NA FILOSOFIA DO DIREITO É TEMA DE PALESTRA NO TRF3

    

    A Escola de Magistrados da Justiça Federal da 3ª Região promoveu ontem (20/09), às 10 horas, palestra sobre "Violência e Justiça na Filosofia do Direito do Século XX", apresentada pela professora Márcia Tiburi, no auditório do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, em continuidade ao I Seminário de Filosofia e Metodologia do Direito da Escola de Magistrados da Justiça Federal da 3ª Região, que acontece no período de 23 de agosto a 25 de outubro.

     Na ocasião, compuseram a mesa dos trabalhos a juíza federal Ritinha Stevenson e o juiz federal David Diniz Dantas. Márcia Tiburi é mestre em Filosofia, pela Universidade Católica do Rio Grande do Sul e Doutora em Filosofia, pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

     Em sua palestra, Márcia Tiburi discutiu o vínculo entre a violência e a racionalidade, baseando-se, principalmente, nos filósofos Hannah Arendt e Theodor Adorno. A professora explicou que Arendt defende que a violência tem uma relação com a racionalidade, pois ela depende de meios e instrumentos.

     A palestrante citou o livro de Hannah Arendt "Eichmann em Jerusalém", que é um relato sobre a banalidade do mal. Neste livro, Arendt descreve o julgamento de Adolf Eichmann, alto funcionário do nazismo, mentor do destino a ser dado aos corpos dos judeus, os fornos. Arendt chega a conclusão de que a capacidade de refletir estava ausente em Eishmann que utilizava apenas a racionalidade instrumental. Arent acredita que a solução para a sociedade é o sujeito autônomo, ciente de sua responsabilidade, para que ele não seja conduzido por outros.

     Segundo Márcia Tiburi, Adorno considera a racionalidade um impulso, algo constitutivo da nossa existência corpórea, que embora devesse levar à universalização, podem visar mais a autoconservação do que a conservação da espécie. Para ele, o ápice da racionalidade ocidental foi o nazismo. Adorno escreveu "Educação após Auschwitz", afirmando que todo o esforço humano deveria ser para que Auschwitz (campo de concentração nazista) não se repita. Segundo a palestrante, Adorno também tem esperança no sujeito e valoriza o conhecimento de si mesmo.

     A próxima palestra será realizada no dia 27 de setembro, sobre o tema "O Positivismo de Hans Kelsen", com o juiz federal Sérgio Nojiri, às 10 horas, no auditório do Tribunal Regional Federal da 3ª Região.

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Assessoria de Comunicação Social do TRF3

Email: acom@trf3.jus.br



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