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03 / outubro / 2007
USO DA MEMÓRIA É TEMA DE PALESTRA NO DIA DO IDOSO EM SANTO ANDRÉ


    Em comemoração ao Dia Internacional do Idoso (1º de outubro), a Seção de Perícias e Programas de Prevenção da Justiça Federal de São Paulo promoveu, no Juizado Especial Federal de Santo André, uma atividade de estímulo ao uso da memória com os aposentados que aguardavam atendimento.

    Durante todo o dia, a cada quinze minutos, grupos de aposentados se reuniram na sala do júri com a psicóloga Rosa Maria do Prado Oliveira e fizeram uma viagem ao passado. Embalados ao som de valsas e chorinhos dos anos 50, assistiram a apresentação de slides com fotos antigas da cidade de Santo André e receberam dicas para manter a memória sempre em funcionamento. “Trata-se de um exercício de memória autobiográfica, que resgata os momentos importantes na vida das pessoas”, disse Rosa.

    “Recordar o passado não traz tristeza?”, perguntou um participante. “Pode ser, mas também nos traz boas lembranças e nos faz rever atitudes com olhar mais maduro. Recordar é viver. As lembranças são muito importantes em nossas vidas”, disse a psicóloga.

    Rosa diz que a leitura é a melhor forma de exercitar a memória. “Se você não sabe ler ou tem dificuldade de enxergar, peça para alguém ler para você. Ponha a imaginação em funcionamento, faça palavras cruzadas, pratique atividades de integração com os amigos e familiares, desta forma o cérebro estará em constante exercício”.

    Para a senhora Iracema Ramos Beraldi, 69, foi uma agradável surpresa participar do evento. “Eu nasci e me criei em Santo André, quando vi as fotos me lembrei de algumas coisas (...). É preciso exercitar a mente. Eu faço trabalhos manuais como tricô, crochê, artesanato, mas palavras cruzadas raramente... agora vou me esforçar para fazer mais”.

    Com dificuldades na visão, o senhor Sebastião Oliveira, 84, conta que trabalhou por muitos anos como “carreteiro” (motorista) e hoje está com sérios problemas de saúde. “Enquanto eu estava aqui sentado, pensava que se não estivesse doente procuraria um estudo ou uma atividade qualquer. Acho muito importante ter boa memória”, conta. Sua esposa, Lourdes Ribeiro de Oliveira, 56, sabe bem o que fazer para manter a mente em bom funcionamento. “Gosto muito de ler jornal, revista, faço atividades como ginástica, caminhada e participo do Centro Poliesportivo de Mauá”.

    Com um sorriso no rosto, Josefa Ramos, 65, cabeleireira, achou a palestra interessante. “Não gosto de lembrar do passado, prefiro sempre pensar para frente. Mas acho importante exercitar a memória e a palestra me fez lembrar disso”. (RAN)

Fonte: Justiça Federal de São Paulo

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Assessoria de Comunicação Social do TRF3

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