Tribunal abriu suas portas para integrar filhos de servidores e magistrados em ações de sustentabilidade

Por mais um ano consecutivo, o Tribunal Regional Federal da 3ª Região (SP e MS) recebeu familiares de magistrados e servidores nesta quarta-feira, 19 de dezembro, que participaram do projeto Casa Aberta, dirigido a crianças entre 4 e 11 anos de idade. O evento foi aberto pelo diretor da Divisão de Assistência Médica (Dame), Alberto Ogata, e teve como tema “Casa Aberta 2007: Cultura e Meio Ambiente”.  Ogata apresentou alguns dados sobre atividades desenvolvidas pelo TRF3 na área ambiental: somente em 2007, a Justiça Federal da 3^a  Região conseguiu coletar 84 mil toneladas de material reciclado, o que evitou o corte de 1.700 árvores. Os recursos gerados por este material possibilitaram o plantio de 2 mil árvores.

O lixo que o TRF3 acumula gera emprego para 19 pessoas que trabalham na separação do material reciclável. O Dr. Ogata assinalou que o Tribunal direciona suas ações em cima do tripé da sustentabilidade: econômico, porque o TRF3 deixa de gastar com recolhimento do lixo na Avenida Paulista, que é pago; social, por meio da geração de empregos pela necessária separação do lixo; e ambiental, provado pela preservação destas 4 mil árvores. Os cartuchos usados nas impressoras são totalmente reciclados, levando a uma economia que possibilita a manutenção de uma creche que abriga 60 crianças, todas filhas de moradores de rua. “São meninos e meninas que, se não estivessem lá, estariam nas esquinas do nosso bairro”, afirmou.

O grande marco de 2007, de acordo com o diretor da Dame, foi a completa extinção do cigarro das dependências do Tribunal. Por este feito, o TRF3 foi o primeiro órgão a receber o selo de qualidade padrão ouro. Por meio de uma resolução, a presidente, Marli Ferreira, proibiu terminantemente qualquer tipo de tabaco no âmbito do Tribunal, inclusive nas escadas de incêndio, antigo reduto dos fumantes. A Dame também instituiu um eficiente programa de auxílio para os que querem largar de vez o tabagismo.

Prêmio – Em solenidade realizada no início da tarde, o Instituto Nacional de Preservação Ambiental (INPA), uma OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) de cunho ambientalista, homenageou Marli Ferreira com a entrega da placa “Amigo da Natureza”, retribuindo assim o apoio às suas atividades ao longo do ano de 2007. O INPA faz a coleta de todo o material reciclável do Tribunal por meio do Programa de Gestão Ambiental, que tem por conscientizar o maior número possível de pessoas quanto à necessidade de respeitar o meio ambiente de diversas formas, dentre elas a redução do desperdício, a reciclagem e a reutilização de materiais. 

A presidente destacou seu sentimento de honra pelo recebimento do prêmio, ressaltando que ele pertence a todos os magistrados e servidores, que tem feito a sua parte, contribuindo com idéias e experiências. “Estamos economizando papel, árvore, vida e saúde para todos nós de uma forma ou de outra”. Marli Ferreira anunciou que o INPA, por intermédio do tribunal, iria promover na ocasião distribuição de mudas de plantas entre os desembargadores. “Eu gostaria que cada um de nós tivesse uma planta dessa num local perto de sua casa para fazer esta cidade mais bonita. Olhando esta planta, devemos nos lembrar que o nosso trabalho no tribunal é que gerou essa beleza tão grande que é uma árvore florida”.

Sobre a reciclagem de cartuchos, disse que é uma importante iniciativa cujos resultados tem revertido em benefício das crianças filhas de moradores de rua e espera que essa parceria continue com essas instituições que cuidam desses menores. “Estamos colaborando, sem custo para o Judiciário, para que elas sejam mantidas”. Sobre o Casa Aberta, a presidente declarou que é um “momento em que o tribunal abre as portas do coração para que as crianças possam aqui brincar e se integrar ao ambiente de trabalho de seus pais”. 

O presidente do INPA, Deilton Augusto Sanchez, informou que a parceria com o TRF3, ao longo de dois anos de projetos, já rendeu 23 palestras sobre educação ambiental entre todos os níveis do ensino fundamental e médio e outras 19 para funcionários da limpeza e manutenção dos fóruns; a implantação de 1.800 lixeiras de mesa, que mantêm organizadas as folhas de papel destinadas à reutilização; a coleta de 585 toneladas de material nas diversas unidades parceiras do projeto, bem como os 19 empregos diretos só na separação do lixo do tribunal, dentre outras iniciativas. 

Beleza de canto - Após a homenagem do INPA, ocorreu a primeira apresentação do Coral dos Funcionários do tribunal, recriado em outubro deste ano, como parte de um projeto de qualidade de vida incentivado pela Dame e com apoio da Presidência do TRF3. Regidas por Valter Satomi, servidor do TRF3, 40 vozes exibiram peças do repertório da Música Popular Brasileira, algumas inspiradas em temas natalinos. A presidente do tribunal, Marli Ferreira, emocionou-se por ver o contentamento dos participantes. “Eu sinto que os servidores estão mais felizes por pertencerem a esta instituição e isto nos dá uma satisfação muito grande”.  Para Valter Satomi, a apresentação do Coral superou as expectativas. “São pessoas que não tinham uma formação musical, então a gente estimula, dá uma oportunidade e quando a gente vê o brilho nos olhos das pessoas que estão cantando, é um presente que não tem preço”. 

Por fim, os donos da festa tomaram conta do ambiente. Laura, 7 anos, participou do Casa Aberta pela primeira vez e afirma gostar de brincar e estar presente no ambiente onde seu pai trabalha: “É legal”. Giovana, sua irmã de 9 anos, também gostou de vir. “Nos outros anos eu era menor e tinha medo de ficar sozinha”. Entre um chumaço de algodão doce e um saquinho de pipoca, os pequenos se divertiram na oficina de artesanato com material reciclável. Gabriel, de 8 anos, já é veterano do Casa Aberta. Acompanhado por mais dois irmãos, não escondeu seu interesse e satisfação em se envolver nas atividades: “...pegar pedra, tatuagem...”. Perguntado, diz que já foi ao local de trabalho de sua mãe, onde conheceu a “doutora Marilena e as outras pessoas”. Sua irmã Mariana, 10 anos, diz que gosta de vir ao Casa Aberta porque brinca, mexe no computador onde sua mãe fica, e “é melhor do que ficar em casa vendo TV. Brinco de pega-pega e outras coisas legais que não dá para fazer em outros lugares”. Aline, de 6 anos, acredita que a melhor parte do Casa Aberta é poder brincar com sua mãe no local onde ela trabalha: “A gente fica se divertindo”. 

Para estas crianças, o futuro começa agora. É por meio dessas brincadeiras que aprendem a preservar e respeitar o meio ambiente, garantindo um mundo melhor para as próximas gerações. 

João Fábio / TRF3

Foto 1: A presidente do TRF3, Marli Ferreira, com o prêmio "Amigo da Natureza", entregue pelo presidente do INPA, Deilton Sanchez (de gravata verde) Foto 2: Platéia que prestigiou o evento. Na primeira fila, as desembargadoras Marli Ferreira e Salete Nascimento Foto 3: O diretor da Divisão de Assistência Médica (Dame), Dr. Alberto Ogata Foto 4: Apresentação do Coral do TRF3, regido por Valter Satomi Fotos 5 a 8: Flagrantes de bons momentos vividos por servidores, seus filhos e colaboradores do Tribunal durante a realização do Casa Aberta 2007

Andréa Moraes
Assessoria de Comunicação