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19 / fevereiro / 2008
ALBERTO OGATA, MÉDICO DO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIÃO, FALA SOBRE CIVILIDADE EM REPORTAGEM DO JORNAL DA TARDE

No último domingo, o diretor da Divisão de Assistência Médico-Social do TRF3 foi entrevistado pela Revista JT e afirmou que estimular a amizade dentro de uma empresa pode ser uma forma de melhorar o resultado das equipes

O dr. Alberto Ogata, diretor da Divisão Médico-Social do Tribunal Regional Federal da 3ª Região e presidente da Associação Brasileira de Qualidade de Vida (ABQV), foi um dos entrevistados na reportagem do último domingo, dia 17 de fevereiro, da Revista JT - Suplemento do Jornal da Tarde, sobre o tema gentileza.

Este mesmo assunto foi objeto de recente campanha organizada pela Divisão Médica do TRF3 com o objetivo de promover a melhora nos relacionamentos pessoais e de trabalho, em prol de uma melhor qualidade de vida com a preservação da saúde emocional, dos funcionários da Justiça Federal.

Na abertura da campanha “Semana Especial pelos Atos de Gentileza e Tolerância”, que contou com o apoio da presidente do TRF3, desembargadora federal Marli Ferreira, o dr. Alberto Ogata, diretor da DAME, afirmou: “Nós acreditamos que, no Tribunal, as pessoas são mais importantes que as máquinas, computadores, prédios...” , resumindo o espírito que norteava o lançamento da campanha.

Na reportagem da Revista do JT, dr. Alberto Ogata afirmou que estimular a amizade dentro de uma empresa pode ser uma forma de melhorar o resultado das equipes. Leia abaixo a matéria “Civilidade: gentileza atrai gentileza”, do repórter Eduardo Diório, publicada pela Revista JT, que aborda a importância das boas maneiras.


 

 


Civilidade: gentileza atrai gentileza

A arte das boas maneiras parece que foi esquecida, mas ainda é possível praticar a delicadeza

Eduardo Diório

“Nunca vi nem nunca ouvi dizer, em toda a minha vida, sobre alguém que não gostasse de ser tratado com gentileza. Também nunca soube de alguém que tenha se ofendido ao ser considerado gentil”. O depoimento da escritora Rosana Braga - que recentemente lançou o livro O Poder da Gentileza - é a prova de que uma atitude de bom grado não faz mal ao ser humano: nem para quem recebe, muito menos para quem oferece tal gesto.

Em um mundo em que as pessoas tendem a ser solitárias e egoístas, onde casamentos são marcados pela internet, em que ninguém olha para o lado no ônibus e nem dá bom dia ao vizinho, o corpo e a mente, garantem os especialistas, sofrem com a falta de relações interpessoais. Praticar atitudes gentis não requer habilidades, muito menos tempo e dinheiro. Basta ter boa vontade e desprendimento. No século 21, gentileza, tudo indica, tornou-se sinônimo de tolice. Parece que o tempo da delicadeza se foi.

“Embora insistamos em acreditar que a essência de nossa busca deve ser por coisas, no fundo, nada mais desejamos além de felicidade, amor e prazer, que não estão nas coisas e sim na relação que mantemos com as pessoas”, alerta Rosana. Ela garante que é somente isso que pode realmente fazer com as pessoas se sintam “satisfeitas, preenchidas e em paz”.

De acordo com Maura de Albanesi, psicoterapeuta, pós-graduada em psicoterapia corporal e mestranda em psicologia e religião pela PUC, para se travar um bom relacionamento e um convívio agradável e saudável - ou seja, ser gentil - é preciso deixar de lado os preconceitos. “As pessoas costumam tratar os outros a partir do seu referencial de valores e princípios, de certo e errado, de justiça ou injustiça, e assim por diante. Elas acreditam que a janela de seus olhos retrata toda a verdade em si e do mundo.”

O que muita gente esquece é que cada um é peça fundamental no universo, sem a qual ele jamais ficaria completo. Como uma única peça não forma o desenho, quando se é sozinho a vida fica sem significado. Esse é o princípio básico de convencimento (se é que é preciso convencer alguém a ser educado, elegante, gentil) para transformar as pessoas mais generosas entre si. “Devemos pensar primeiramente no outro. Não porque nos sentiremos bem, mas pelo simples fato de que nada somos sem os outros. O mundo é um imenso quebra-cabeça”, avisa a escritora.

Como praticar

Há quem diga que a palavra gentileza significa educação e que algumas atitudes, como abrir a porta do carro, pedir desculpas e licença, além de agradecer por um serviço prestado, garantam o título de gentil. É claro que isso não deixa de ser verdade. Mas será que essas não são regras óbvias de um comportamento social natural? Por algum motivo, não são todas as pessoas que tiveram o oportunidade de aprender determinadas regras. Porém, outras - que aprenderam quando crianças - fazem questão de seguir tais comportamentos.

“Ser gentil não se trata primordialmente de se ter bons pensamentos, mas sim de praticar boas ações. Gentileza pede que usemos ao máximo a nossa capacidade de raciocínio e inteligência ética. Sem discernimento, fica difícil ser gentil”, afirma o médico cancerologista sueco Stefan Einhorn, em seu livro A Arte de Ser Gentil. Na prática, tentar se colocar no lugar do outro, escutar mais e falar menos, ser paciente, justo e solidário, são atitudes simples, porém importantes para torna-se uma pessoa mais útil perante o próximo.

E foi pensando justamente nessas atitudes, que a promotora de eventos Márcia Costa percebeu que precisava fazer algo para revolucionar a vida dela. “Refletindo sobre o novo ano, pensei em como vivê-lo de forma menos estressada, com comportamentos que poderiam deixar o meu dia-a-dia mais agradável e até momentos de tensão mais suaves”, lembra. Foi aí que notou que ‘saber ouvir’ era uma prática que estava deixando de lado.

“Sem paciência, estamos sempre interferindo quando alguém tenta falar alguma coisa e isso é muito desagradável.” Outro ponto em que Márcia acredita que precisa ser melhorado é a falta do famoso bom dia e seus derivados. “Vejo pessoas entrando no elevador sem ao menos esboçar a possibilidade de um cumprimento. Gentileza atrai gentileza.”

No trabalho

No escritório da produtora de eventos não faltam atitudes gentis entre os seus funcionários. Para ela (que implantou a lei da civilidade no local), quem é camarada com os outros colegas ganha pontos na avaliação de fim de ano. “Acabamos obtendo muito mais sucesso nas nossas conquistas profissionais com palavras de gentileza”, completa Márcia, que, além disso, confessa que as “pessoas que têm o cargo mais simples, costumam ser mais educadas do que as que estão no poder.”

“Todo fim de ano fazemos uma avaliação no nosso quadro de funcionários e toda vez é a mesma coisa: eles têm medo de serem demitidos por falta de qualificação. Eles não percebem que não é isso que buscamos. Queremos que sejam éticos e parceiros entre si. Qualificação dá para dar um jeito, por meio de cursos”, revela Marcelo Maia, diretor de recursos humanos de uma multinacional.

Segundo Alberto Ogata, presidente da Associação Brasileira de Qualidade de Vida (ABQV), estimular a amizade dentro de uma empresa pode ser uma forma de melhorar o resultado das equipes. “Uma maior integração entre os funcionários traz à organização um clima prazeroso e descontraído que facilita o convívio, propicia o engajamento da equipe e, conseqüentemente, aumenta a produtividade.”

No entanto, Ogata explica que a amizade não deve ser confundida com uma forma de benefício profissional. “O ideal é usar o bom senso. Um clima organizacional favorável pode ser alcançado com simples atitudes de gentileza entre os companheiros de trabalho, inclusive de níveis hierárquicos diferentes, sem necessariamente incluir laços de amizade. Atitudes gentis devem permear o trato, sem distinção, em toda a organização”, completa o presidente.

Com o objetivo de espalhar a ainda mais a idéia de que vale a pena ser gentil, tanto no trabalho quanto nas ruas, recentemente, o canal pago GNT e a Rede Globo lançaram campanhas distintas que reforçam a importância da civilidade. A idéia é popularizar a mensagem que parece ser tão básica, mas que está guardada no subconsciente de alguns telespectadores.

Questão de etiqueta

A consultora de moda Gloria Kalil acredita que para ser gentil também é preciso ser elegante. “Etiqueta tem tudo a ver com civilidade. A falta de educação, de cortesia, o egoísmo e a excessiva individualidade tornam a vida nas grandes cidades infernal”, garante. Ela, que lançou recentemente o livro Alô, chics!, avisa que a etiqueta surge como uma espécie de ética do cotidiano. “Ela é capaz de regular as relações entre as pessoas, deixando a vida muito mais leve”, completa Gloria.

1. Você está atrasado (a) para uma reunião e depara-se com pessoas barrando a entrada do prédio em que a reunião será realizada. Você:

a) Empurra a todos os que estiverem em sua frente, afinal você já está atrasado. (0 pontos)

b) Passa calmamente pelas pessoas, sempre pedindo licença. (5 pontos)

c) Xinga e reclama em voz alta para que as pessoas saiam do caminho. (3 pontos)

2. Você está em um ônibus lotado quando entra um idoso. Você:

a) Levanta-se imediatamente, mesmo que não esteja em um assento reservado, oferecendo o lugar. (5 pontos)

b) Finge estar dormindo ou não ter percebido a presença do idoso. (0 pontos)

c) Antes de ceder o lugar, aguarda para ver se outra pessoa irá se levantar. (3 pontos)

3. Aguardando para atravessar em uma extensa faixa de pedestre, há uma pessoa com deficiência visual. Você:

a) Coloca-se a disposição para auxiliar na travessia. (5 pontos)

b) Fica por perto para checar se ela precisa de ajuda. (3 pontos)

c) Ignora a situação. (0 pontos)

4. Você está atarefado(a) no trabalho e um colega telefona para 'jogar conversa fora'. Você:

a) Ao perceber que não é nenhum assunto relevante, diz que está ocupado e convida-o para um happy hour na saída do trabalho. (5 pontos)

b) Responde laconicamente, mostrando desinteresse. (3 pontos)

c) Diz que não tem tempo para falar e desliga bruscamente. (0 pontos)

5. Um pesquisador na rua solicita que você responda a algumas questões, mas você está sem tempo. Você:

a) Diz, friamente, que não pode parar. (3 pontos)

b) Passa direto, sem nem olhar para o pesquisador. (0 pontos)

c) Pede desculpas e diz ao pesquisador que no momento você está sem tempo. (5 pontos)

6. No meio da tarde, durante o expediente, você resolve ir tomar um café. Você:

a) Levanta, vai rapidamente até o café e toma sozinho. (0 pontos)

b) Convida seu colega para tomar um café. (3 pontos)

c) Traz o café para o colega e tomam juntos. (5 pontos)

7. Você está em férias de seu trabalho e seu colega profissional telefona mais de uma vez pedindo informações sobre suas tarefas. Você:

a) Conversa, de maneira franca, mas respeitosa, sobre a possibilidade da solução dos problemas após o seu retorno. (5 pontos)

b) Atende os telefonemas, mas responde com rispidez. (3 pontos)

c) Não atende. (0 pontos)

8. Você está saindo da garagem atrasado para o trabalho e uma idosa está prestes a atravessar à frente do seu carro:

a) Você espera pacientemente ela atravessar. (5 pontos)

b) Espera, mas vai acelerando e sai arrancando assim que possível. (3 pontos)

c) Sai rapidamente antes que ela comece a atravessar. (0 pontos)

9. O elevador chega e você percebe que um vizinho está saindo do carro carregado de sacolas: Você

a) Chama o outro elevador para que chegue a tempo de 'pegar' o vizinho chegando à porta - e toma seu elevador. (3 pontos)

b) Sobe rapidamente. (0 pontos)

c) Aguarda-o e segura a porta para que ele entre com mais facilidade. (5 pontos)

10. Você toma um táxi e o taxista começa provocá-lo sobre política, com opiniões contrárias às suas:

a) Você começa a responder hostilmente e acaba descendo irritado. (0 pontos)

b) Você corta o assunto. (3 pontos)

c) Você procura ouvi-lo e eventualmente argumenta com calma e sutileza. (5 pontos)

RESULTADO

De 0 a 25 pontos: Busque refletir sobre suas atitudes. Ajudando as pessoas, pode-se reduzir a agressividade e a tensão nas relações. As atitudes que tomamos em nosso dia-a-dia têm impacto no corpo. A gentileza ajuda a melhorar o stress e a saúde das pessoas. Relaxe um pouco e exercite, diariamente, pequenos gestos de gentileza. Vai perceber que, além colaborar com as pessoas, vai tornar sua vida mais saudável.

De 26 a 40 pontos: Você está no caminho certo. Em seu dia-a-dia falta somente um pouco mais de atenção aos detalhes. Mesmo que você esteja atarefado (a) ou com pressa, a gentileza aquece, transforma as relações e aumenta seu bem-estar. Desenvolva ainda mais seu interesse pelo outro, exercitando a cortesia e o altruísmo. Quanto mais gentil, maiores serão os benefícios à sua saúde.

De 41 a 50 pontos: Parabéns, você sabe como ser gentil com todos os que te rodeiam. As pessoas te vêem como uma pessoa agradável e fazem questão de sua companhia. Você sempre tem uma palavra de amizade, sempre tem tempo para um telefonema cordial ou para um sorriso de afeto. Sua gentileza torna sua vida mais prazerosa e, com certeza, muito mais saudável.

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