Interatividade é o recurso mais festejado da tecnologia digital
Em um de seus últimos atos como presidente do Supremo Tribunal Federal, a ministra Ellen Gracie, juntamente com a presidente do Tribunal Regional Federal da 3a Região (SP e MS), Marli Fereira, deu início, na tarde desta sexta-feira (18), aos trabalhos de transmissão da TV Justiça em canal digital aberto para a cidade de São Paulo. A solenidade foi realizada no Hall Nobre do edifício-sede do TRF3, na Avenida Paulista, e contou com a presença do deputado federal Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), do chefe da Procuradoria Regional da República da 3ª Região, José Leônidas Bellem de Lima, do Procurador Geral do Estado de São Paulo, Marcos Fábio de Oliveira Nusdeo, do Advogado Geral da União, João Antônio Dias Toffoli, desembargadores e juízes, entre outras autoridades.
O assessor de comunicação do STF, Delorgel Kaiser, abriu os trabalhos rememorando a estréia da televisão a cores no Brasil, na década de 1970, destacando que a introdução da cor representou a renovação nos padrões técnicos e estéticos. A era digital representa mais um marco que traz um novo passo na evolução da TV. Kaiser, que está deixando o cargo, agradeceu o empenho da equipe da TV Justiça e salientou que o seu ingresso na era digital se deve à visão da ministra Ellen Gracie, que colaborou para sua implantação apenas quatro meses após a chegada dessa tecnologia ao Brasil.
Na seqüência, a presidente do TRF3, Marli Ferreira, enalteceu o profícuo trabalho da ministra Ellen Gracie à frente do STF, acrescentando que “é uma honra recebê-la em São Paulo”, estado que tem o maior volume de processos no país e também a maior audiência nacional da TV Justiça – cerca de 50%. “O público que prestigia os trabalhos da emissora é agora presenteado com uma televisão de melhor qualidade e interativa”. A magistrada disse ter a expectativa de que as sessões de julgamento possam ser transmitidas ao vivo, proporcionando aos cidadãos um maior conhecimento do funcionamento do Tribunal.
A ministra Ellen Gracie acredita que a iniciativa de colocar a transmissão da TV Justiça em canal aberto favorece um maior conhecimento por parte do cidadão dos caminhos que percorre a Justiça. Atribuiu ao Congresso Nacional um papel decisivo para a implantação do canal digital, que colaborou para que todos que trabalham no Judiciário brasileiro tenham um espaço garantido. Assinalou como relevante aspecto dessa implantação a possibilidade de promover a formação continuada dos 15 mil juízes brasileiros graças à interatividade dessa nova tecnologia, que permite ministrar cursos por meio de teleconferências. Isso diminui custos com deslocamento e otimiza o tempo dos magistrados.
Transparência e profundidade
“O Judiciário não pode abrir mão de ter um canal próprio”, diz a ministra, “uma vez que a TV comercial não tem espaço suficiente para divulgar e debater alguns temas importantes para a sociedade, como foi, por exemplo, a sessão aberta de discussão sobre o uso das células-tronco, que durou oito horas, tempo de transmissão incompatível com os padrões de canais convencionais.” Neste sentido, a ministra fez um agradecimento especial ao Ministério das Comunicações, que aprovou as concessões dos canais digitais em tempo recorde.
Ellen Gracie informou ainda que o andamento processual dos casos poderá ser acompanhado enquanto ocorre a transmissão dos julgamentos pela TV digital. Trata-se de mais um benefício gerado pela interatividade.
A diretora da Subseção Judiciária de São Paulo, juíza Renata Lotufo, é uma entusiasta da TV digital: “Tenho investido muito no treinamento dos juízes durante esta gestão. A videoconferência é essencial. Já mostrou ótimos resultados porque é barata e efetiva.” Ela entende que, com a TV digital, isso será possível de ser feito de uma maneira mais ampla”.
Além de São Paulo, o sinal digital da TV Justiça começou a ser transmitido em Brasília na última quarta-feira (16) e, em prazo ainda a ser definido, será implantado no Rio de Janeiro e Belo Horizonte, locais onde a concessão já foi aprovada pelo Ministério das Comunicações.
João Fábio Kairuz / TRF3
1.- As presidentes do TRF3 e do STF, desembargadora Marli Ferreira e ministra Ellen Gracie, descerram placa alusiva à abertura do sinal digital da TV Justiça em São Paulo
2.- Autoridades, convidados e imprensa assistem ao pronunciamento de Ellen Gracie
3.- O desembargador José Renato Nalini (TJ-SP); o desembargador aposentado Américo Lacombe, ex-presidente do TRF3; a desembargadora federal Consuelo Yoshida; o deputado federal Arnaldo Faria de Sá e o desembargador federal Fábio Prieto
4.- Autoridades ladeiam a ministra Ellen Gracie e a desembargadora Marli Ferreira
5.- A ministra Ellen Gracie durante sua manifestação, transmitida ao vivo pela TV Justiça
6.- A desembargadora Marli Ferreira durante entrevista à imprensa
Andréa Moraes e Letícia Gouveia
Assessoria de Comunicação
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Assessoria de Comunicação Social do TRF3
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