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26 / novembro / 2018
NOVA EDIÇÃO DO PROJETO “JUSTIÇA, GÊNERO E ARTE” DISCUTE MASCULINIDADE

Como parte da campanha “Novembro Azul”, rodas de conversa buscaram promover o bem estar psíquico e social de colaboradores terceirizados do TRF3

Campanha mundial de conscientização sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de próstata, o “Novembro Azul” ganhou, no Tribunal Regional Federal da 3.a Região (TRF3), programação baseada em um conceito mais amplo de saúde: as rodas de conversa “Encontros: Papos de Homem”, que dão continuidade ao projeto “Justiça, Gênero e Arte”, realizado pelo TRF3 em parceria com a Comissão AJUFE Mulheres.

Na abertura dos debates no período da manhã, a Juíza Federal Gabriela Azevedo Campos Sales, da Comissão AJUFE Mulheres, explicou que o conceito de saúde não deve se limitar à ausência de doenças, mas considerar o estado de bem estar físico, mental e social do indivíduo. Isso, para a magistrada, justificou a escolha do tema dos debates, que focaram na saúde psíquica dos homens frente às demandas e às obrigações da masculinidade nos dias de hoje.

A Juíza Federal em Auxílio à Presidência Raquel Perrini, que fez a abertura do grupo vespertino, lembrou que o projeto “Justiça, Gênero e Arte” tem como público alvo os colaboradores terceirizados, com o objetivo de promover a sua integração à instituição. Ela disse que esta edição foi focada em colaboradores do sexo masculino, que puderam discutir, compartilhar experiências e repensar o papel do homem na sociedade atual.

As rodas de conversa foram coordenadas por Gustavo Tanaka, Rafael Rios, Thiago Arruda, Luiz Eduardo Alcântara e Osvando Faria, membros do Brotherhood Brasil, grupo que promove encontros quinzenais entre homens que discutem e buscam ressignificar o conceito de masculinidade.

Fundador do grupo, Tanaka disse que formou o Brotherhood Brasil em razão da escassez de homens em grupos de autoconhecimento, dominado quase sempre por mulheres. “Os homens não aprendem a lidar com as emoções. Aprendem que não podem chorar. O grupo reúne homens com desejo de transformação individual e vontade de compartilhar o que aprendem”, afirmou ele, que participou da roda de conversa da tarde.

Para Thiago Arruda, que esteve nos debates da manhã, as rodas de conversa ensinam os homens a ouvir e criam um espaço de acolhimento, características, segundo ele, reprimidas pela masculinidade.

Servidor do TRF3 e membro do Brotherhood Brasil, Rafael Rios acredita que é preciso criar alternativas à masculinidade hegemônica, que impede homens de ocupar papéis considerados femininos pela sociedade. “Para rever o conceito de masculinidade, os homens precisam conversar sobre suas emoções e sobre seus sentimentos”, completou.

O colaborador Lucas de Oliveira Viana participou do debate no período da manhã. Para ele, foi uma oportunidade de vivenciar e trocar ideias, junto com outros terceirizados, sobre questões que não fazem parte de seu cotidiano.

“Achei muito interessante, foi muito bom para mim e para os companheiros que estavam aqui também, pois abre a mente. Às vezes, a gente está em um ciclo só com as pessoas que pensam da mesma forma que nós. Ver que outras pessoas pensam diferente faz a gente pensar e rever alguma coisa que já fizemos, ou um hábito que a gente tem e que é considerado errado”.

Ao final, Lucas também refletiu sobre a troca de experiências e conhecimentos durante o encontro.

“O aprendizado foi no sentido de poder se expressar mais, saber que as minhas escolhas pertencem a mim e não preciso ficar preocupado com o julgamento de outra pessoa, que, às vezes, nem sabe da minha vida. E também que é importante rever algumas atitudes que podem ser consideradas ofensivas para as outras pessoas”.

Após os debates, o grupo recebeu a vista da Presidente do TRF3, Desembargadora Federal Therezinha Cazerta, que agradeceu aos participantes por terem aceitado o convite e destacou que o trabalho dos colaboradores é essencial para que magistrados e servidores possam exercer suas funções. “No nosso cotidiano, nem sempre é possível o diálogo e o debate, principalmente de questões importantes e complexas como essa. O Tribunal continuará a incentivar esse projeto, que cria oportunidades de aproximação entre colegas de trabalho e, ao mesmo tempo, de desenvolvimento humano”, concluiu.

Fotos: ACOM/TRF3

Como parte da campanha “Novembro Azul”, rodas de conversa buscaram promover o bem estar psíquico e social de colaboradores terceirizados do TRF3

Participantes da nova edição do projeto "Justiça, Gênero e Arte"
Presidente do TRF3 conversou com os participantes ao final do debate

 

Assessoria de Comunicação Social do TRF3
 

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Email: acom@trf3.jus.br



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