O diretor do longa-metragem participou do evento
A Escola de Magistrados da Justiça Federal da 3ª Região (Emag) promoveu, no dia 12 de maio, o Cine Debate “Trabalho escravo e tráfico de pessoas: conversa sobre o filme Pureza”. O evento, destinado a magistrados e servidores, contou com a presença do cineasta e diretor do filme Renato Barbieri e depoimentos em vídeo de Dona Pureza e da atriz Dira Paes.
As desembargadoras federais Inês Virgínia e Leila Paiva, do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3), e Catarina Von Zuben, do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2), participaram da roda de conversa. A mediação foi da juíza federal Louise Vilela Leite Filgueiras.
O filme “Pureza” retrata a história real de Pureza Lopes Loyola que sai em busca do filho desaparecido e testemunha a violência vivida por trabalhadores escravizados em uma fazenda no Pará.
Juíza federal Louise Filgueiras; desembargadora Catarina Von Zuben; desembargadora Leila Paiva; desembargadora Inês Virgínia; cineasta Renato Barbieri (Foto: Acom/TRF3)
Após a exibição, o diretor Renato Barbieri afirmou que era a primeira sessão que ocorria em um TRF. Para o cineasta, o longa-metragem foi concluído no momento em que a sociedade brasileira demonstrou estar amadurecida para enfrentar o tema.
“Houve uma mudança da escravidão clássica para a contemporânea, que começou no dia seguinte à Lei Áurea. Uma abolição que de fato nunca existiu, apenas mudou de tom”, afirmou.
A desembargadora Catarina Von Zuben ressaltou a importância de se trabalhar em rede. “A justiça não trabalha sozinha, por isso precisamos da sociedade civil. Esclarecer a população é essencial, pois é ela quem denuncia a maioria das ações”, salientou.
A falha do Estado na ajuda aos trabalhadores escravizados, apesar do esforço empreendido, foi destacada pela desembargadora Inês Virgínia. “As pessoas precisam fugir, para que só então haja a denúncia”, reiterou.
A desembargadora Leila Paiva levantou questão sobre o tema. “Hoje essa situação está acontecendo em algum lugar e o que fazer para melhorar a prestação da justiça?”, enfatizou.
Durante a mediação, a juíza federal Louise Filgueiras destacou a ligação entre a mentalidade escravocrata e a depredação ambiental. “Existe uma massa cultural de explorar a vida em geral – pessoas, animais, meio ambiente – até o fim. É necessário mudar essa mentalidade adquirida ao longo da história”, reiterou.
Ao final do evento, abriu-se espaço para comentários e perguntas feitas pelo público.
Assessoria de Comunicação Social do TRF3
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