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19 / agosto / 2025
CNJ e TRF3 abrem Congresso sobre saúde no Judiciário 

Evento reforça compromisso com inovação na área e bem-estar de magistrados e servidores  

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3) abriram, na terça-feira, 19 de agosto, o V Congresso Brasileiro dos Serviços de Saúde do Poder Judiciário e o VI Seminário da Política Nacional sobre Saúde dos Magistrados e Servidores do Poder Judiciário.  

Realizado na sede do TRF3, na Avenida Paulista, em São Paulo, o evento segue até o dia 21 de agosto e reúne profissionais da saúde e da Justiça de todas as regiões do país. O objetivo é promover um espaço estratégico para troca de experiências, apresentação de dados e construção de políticas públicas voltadas ao bem-estar físico e mental dos servidores e magistrados. 

Na abertura, o presidente do TRF3, desembargador federal Carlos Muta, elogiou a organização e ressaltou a importância da iniciativa, que tem o apoio do CNJ e dos tribunais estaduais e regionais.  

“O congresso reafirma que a saúde é um pilar fundamental para a dignidade do trabalho no Judiciário e para a humanização da Justiça”, afirmou Muta. 

Também participaram da mesa o conselheiro do CNJ e presidente do Comitê Gestor Nacional de Atenção Integral à Saúde de Magistrados e Servidores do Poder Judiciário, Guilherme Feliciano; a conselheira do CNJ e desembargadora federal Mônica Nobre; o corregedor regional da Justiça Federal da 3ª Região, desembargador federal Nelton dos Santos; e o presidente da Associação Brasileira de Perícias Médicas – Regional São Paulo, João Sampaio de Almeida Prado. 


Autoridades na abertura do Congresso sobre a saúde no Judiciário 

Política de Atenção Integral à Saúde 

Na conferência inaugural, o conselheiro Guilherme Feliciano exibiu dados atualizados sobre o crescimento dos afastamentos por transtornos mentais e comportamentais, que já ocupam a terceira posição entre os principais motivos de licença no Poder Judiciário.  

O conselheiro defendeu a criação de uma política nacional de saúde ocupacional, estruturada por um grupo de trabalho instituído pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso. Feliciano também destacou avanços como a Resolução CNJ nº 560/2024, que amplia condições especiais de trabalho para servidores e magistrados com adoecimento mental.  

“Garantir saúde e bem-estar é essencial para que o Judiciário cumpra sua missão constitucional com eficiência e humanidade. Cabe aos profissionais da saúde interpretar tecnicamente os dados apresentados no evento, que serão fundamentais para a construção de políticas públicas eficazes no setor”, afirmou. 

Médico integrante do grupo de trabalho do CNJ, Andral Codeço Filho fez um resgate histórico da construção da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde no Poder Judiciário, destacando os encontros iniciados em 2007 e o papel decisivo do Congresso de 2013 na criação do Comitê Gestor Nacional e da Resolução CNJ nº 207/2015.  

Ele enfatizou que a política deve ser dinâmica e baseada em dados confiáveis, defendendo o fortalecimento das unidades de saúde dos tribunais e o uso de ferramentas modernas para monitoramento e avaliação.  

“Eventos como o congresso são fundamentais para gerar subsídios técnicos e garantir o aprimoramento contínuo da política de saúde no Judiciário”, salientou. 


Palestrantes debatem ambiente saudável para magistrados e servidores 

Inovação e transtornos mentais no trabalho 

Presidente do Hospital Israelita Albert Einstein, o médico Sidney Klajner apresentou iniciativas inovadoras da instituição, como o uso de inteligência artificial e telemedicina em regiões remotas, projetos de medicina de precisão, cirurgia robótica e monitoramento assistencial em tempo real. Ele destacou que a transformação digital na saúde é uma ferramenta poderosa, mas que só será eficaz se estiver alinhada à humanização e à equidade no acesso. 

“Em parceria com o CNJ, o hospital tem contribuído com soluções para a judicialização da saúde, reforçando que a tecnologia deve sempre manter o paciente no centro do cuidado e beneficiar toda a sociedade”, afirmou Klajner. 


Sidney Klajner, presidente do Hospital Israelita Albert Einstein 

Professor e coordenador do Laboratório de Estudos de Saúde e Trabalho da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), o médico Sérgio Roberto de Lucca trouxe uma abordagem crítica sobre os fatores psicossociais como determinantes da saúde no ambiente de trabalho. Ele alertou para o crescimento dos transtornos mentais relacionados ao trabalho, como ansiedade, depressão e suicídio, especialmente em setores como saúde, educação e Justiça.  

Lucca defendeu que é preciso ir além do apoio psicológico, atuando na origem dos problemas e promovendo ambientes organizacionais saudáveis. Ele também propôs o uso de instrumentos internacionais validados para medir os fatores psicossociais e defendeu uma abordagem multidisciplinar e preventiva, com escuta ativa dos trabalhadores e políticas públicas baseadas em dados concretos. 

“É importante capacitar lideranças para acolher e identificar sinais de sofrimento mental entre os trabalhadores. Esse treinamento deve focar na quebra de estigmas sobre transtornos mentais e na criação de ambientes mais saudáveis e produtivos”, concluiu. 


Médico Sérgio Roberto de Lucca tratou sobre transtornos mentais no trabalho 

O evento ocorre no edifício-sede do TRF3, na Avenida Paulista, 1.842, até quinta-feira, dia 21. A programação inclui painéis temáticos, apresentações de pesquisas, debates técnicos e propostas de aprimoramento da política de saúde no Judiciário.  


Plateia reuniu profissionais de Poder Judiciário de várias regiões do país 

Assessoria de Comunicação Social do TRF3   

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