A Escola de Magistrados da 3ª Região, promoveu hoje, 08/04, no auditório do TRF3 palestra sobre "As Artes e o Direito do século XXI", com o mestre e doutor pela Universidade de São Paulo, juiz federal David Diniz Dantas. Compuseram a mesa, a desembargadora federal Suzana Camargo, diretora da EMAG e o desembargador do Tribunal de Justiça do Paraná, Miguel Kfouri Neto.

A desembargadora federal Suzana Camargo explicou que a metodologia da Escola de Magistrados tem como objetivo levar ao conhecimento dos juízes, desembargadores, servidores e procuradores, não apenas matérias de ordem dogmática e científica. "A Escola entendeu indispensável que façamos também alguma espécie de meditação a cerca de áreas que enobrecem a alma e que possam fazer de cada um de nós um ser melhor", comenta a desembargadora.

Ela ressalta a importância das Artes e o Direito como uma "congregação entre o espírito e o direito, entre o ser e o estar, e acima de tudo privilegiando aquele aspecto moral que deve sempre imperar em todas as searas".

O palestrante comentou que a reflexão filosófica ocorreu quando surgiram crises na sociedade moderna e contemporânea, assim como o Judiciário que se encontra nesse momento refletindo sobre como a sociedade enxerga esse poder e discutindo sobre a essência dos trabalhos judiciais.

Ele explica que o tema "A Arte e o Direito" envolve problemas práticos do cotidiano na tomada de decisões. Fazendo comparações entre o conceito de Arte e Direito. Acrescenta que, o Direito é aparentemente interpretação de texto, pois implica não só um conjunto de normas, mas também a visão de concepção do juiz, que possui suas crenças e convicções éticas. "É preciso inovar sem inventar, ser original ao decidir, mas sem violar", afirmou.

O juiz federal David Diniz Dantas apresentou alguns juízos éticos e jurídicos, pinturas e representações que refletem a época de cada sociedade. Segundo ele, há um desafio dos juízes em levantar o véu do tempo atual e visualizar o paradigma adiante.