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20 / outubro / 2008
PALESTRA NO TRF3 EXPLICA A FORMAÇÃO DAS TAXAS DE JUROS BANCÁRIAS

Em palestra promovida pela Emag, professores abordam os fatores que influenciam a formação das taxas de juros

Como os bancos calculam as taxas de juros que cobram de seus mutuários? Quais os fatores macro e microeconômicos que influenciam esse cálculo? O que é spread? E taxa Selic? Essas e outras dúvidas foram respondidas hoje (20/10) pelos professores doutores Marcos Cavalcante de Oliveira e Flávio Maia Fernandes dos Santos em mais uma palestra do seminário Juros: Aspectos Econômicos e Jurídicos, promovido pela Escola de Magistrados da Justiça Federal da 3ª Região e pela Fundação Getúlio Vargas.

O professor Marcos Cavalcante de Oliveira iniciou a palestra com a seguinte provocação: “cerca de 40% dos processos da Justiça envolvem instituições financeiras, no entanto, matérias como estatística e economia não fazem parte dos processos seletivos de nenhum órgão da magistratura, nem do Ministério Público e nem da Defensoria Pública. Talvez seja a hora de repensarmos isso”.

Ele definiu taxa de juros como o preço do dinheiro no tempo. “Para quem toma empréstimos, é o preço da angústia pelo consumo; para quem aplica, é a recompensa pela espera”, afirmou. O professor esclareceu quais os fatores que influenciam o cálculo da taxa de juros como a relação entre a oferta e demanda, a carga regulatória, a concorrência, os custos e o risco.

O professor também falou da situação dos bancos no Brasil, do alto desenvolvimento tecnológico das instituições financeiras, dos depósitos compulsórios, da taxa Selic, e das características do micro-crédito.

Na segunda parte da palestra, foi a vez do professor doutor Flávio Maia Fernandes do Santos falar sobre os fatores microeconômicos que influenciam o crédito, como o cadastro (negativo, inexistente e positivo), o porte econômico do demandante, as garantias oferecidas, o prazo, o indexador, o montante envolvido, os riscos da economia, o custo de captação, etc.

Falou também da taxa Selic, do Spread bancário, do Fundo Garantidor de Crédito e do Custo Efetivo Total (CET), informação obrigatória que todos os bancos devem fornecer para facilitar comparações entre as taxas oferecidas pelos diversos bancos. O professor finalizou convidando a todos a sempre pechincharem na hora de tomar créditos.

A próxima palestra será realizada na quarta-feira (22/10), às 9 horas, e tratará da intervenção judicial na taxa de juros. Essas palestras têm o apoio da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam) e são patrocinadas pelo Instituto Brasileiro de Ciência (IBCB) e pela Febraban.

Fotos: João Fábio Kairuz / ACOM / TRF3 

 1- Professor Doutor Marcos Cavalcante de Oliveira

2- Professores Marcos Cavalcante de Oliveira e Flávio Maia Fernandes dos Santos

Ana Carolina Minorello
Assessoria de Comunicação
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Assessoria de Comunicação Social do TRF3

Email: acom@trf3.jus.br



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