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16 / agosto / 2011
ALUNOS CARENTES GANHAM INSTRUMENTOS COMPRADOS COM DOAÇÃO JUDICIAL

Desembargador Fausto Martin De Sanctis prestigiou recital dos 11 estudantes do Conservatório de Tatuí que foram beneficiados pela ação da Justiça Federal

Um recital dos 11 alunos que ganharam instrumentos musicais do Conservatório Dramático e Musical “Dr. Carlos de Campos”, em Tatuí, marcou o encerramento, no dia 14 de agosto, de um evento realizado em conjunto pela escola de música de Tatuí e pela Justiça Federal. Os novos instrumentos, entregues aos alunos carentes pelo Conservatório, foram comprados graças à doação de R$ 138 mil da Justiça Federal, quantia proveniente de acordo judicial de delação premiada.

No Teatro Procópio Ferreira, em Tatuí, o desembargador federal Fausto Martin De Sanctis – responsável pela doação – assistiu ao recital e subiu ao palco para cumprimentar os beneficiados. Segundo o diretor-executivo do Conservatório, Henrique Autran Dourado, “os instrumentos são muito valiosos. Os alunos só poderiam adquiri-los após se tornarem profissionais”.

O acordo para concretizar a doação teve início em novembro de 2010 e foi oficializada em 10 de dezembro do ano passado. “As doações em prol da comunidade começaram quando eu estava na 6ª Vara Federal Criminal e dávamos cestas básicas às instituições de caridade. Contudo, queríamos mais e estas ações começaram a crescer. Se os assistidos forem bem atendidos, teremos menos problemas sociais”, explica o desembargador Fausto De Sanctis.

Para a escolha dos 11 beneficiados, o núcleo de assistência social do Conservatório de Tatuí, a assessoria pedagógica e os coordenadores das áreas de música erudita analisaram as condições financeiras e o aproveitamento pedagógico dos alunos. Em uma segunda fase, essa seleção foi feita em conjunto com a Justiça Federal.

De acordo com o termo de compromisso assinado entre aluno e Conservatório, a instituição estadual terá a guarda dos instrumentos, que serão emprestados condicionalmente até o término do curso. Ao se formarem no Conservatório de Tatuí, os estudantes terão a posse definitiva do equipamento por mérito e dedicação. Por outro lado, se forem reprovados ou desistirem do curso, perderão o direito ao instrumento. Em qualquer um desses casos, os instrumentos serão destinados, sob as mesmas condições, a outros alunos carentes.

Dentre os alunos contemplados com os instrumentos estava César Augusto Garcez, de 14 anos. Ele toca clarinete e executou a obra Caximbo, de K-chimbinho. “Quando eu soube que ganhei fiquei surpreso e ansioso. É uma motivação a mais para eu continuar estudando música”, conta. Além de Garcez, foram beneficiados com a ação da Justiça Federal Marcelo Pinto da Silva (contrabaixo), Cristiano Lourenço dos Santos (viola), Daniel Barbosa Soares (trombone), Diego Afonso Morales (saxofone), Jean Gerard (oboé), Paulo Roberto de Oliveira (tuba), Rafael Victor Frazzato Fernandes (violoncelo), Renan da Silva Sena (trompete), Tiago Caires da Silva (bombardino) e Wesley Alexandre Martins de Oliveira (fagote).

Justiça e Cidadania

Para discutir as ações da Justiça que beneficiam a população, o Conservatório de Tatuí promoveu a palestra “O Magistrado e a Comunidade”, com a presença do desembargador De Sanctis e do juiz da comarca de Tatuí Marcelo Salmaso.

“O objetivo principal da Justiça é condenar ou inocentar, mas também podemos ter outro foco. Todos nós devemos valorizar a geração futura, mantendo um compromisso com o passado e o futuro”, afirma o desembargador Fausto De Sanctis. “Hoje vivemos um mundo novo, com problemas novos e precisamos de soluções novas, pois as antigas não são mais suficientes”, completou Salmaso.

Na palestra, o juiz de Tatuí destacou ainda os problemas enfrentados pela sociedade pós-moderna e defendeu o ensino da música como importante fator para a diminuição da criminalidade. “Os principais problemas com a criminalidade partem da educação. Os jovens atuais precisam de reconhecimento e desafios, e isso eles podem encontrar no mundo do crime. No entanto, na música temos o mesmo reconhecimento e desafio e é preciso esforço para chegar a algum lugar”, defende o juiz Marcelo Salmaso.

Fonte: Assessoria de Imprensa do Conservatório de Tatuí


Foto: Kaio Monteiro/Tatuí

 

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