Objetivo é aprimorar a redação de textos técnicos em documentos e em publicações do Tribunal
Com o objetivo de qualificar seus servidores na elaboração dos conteúdos textuais, com observância ao último Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa e à norma culta, o Tribunal Regional Federal da 3.ª Região (TRF3) iniciou ontem (29/1) o curso "Português Jurídico”. A capacitação, que se estenderá até o dia 21/2 e será realizada em duas noites por semana, teve sua primeira turma destinada a servidores ocupantes de cargo de gestão na Corte.
A abertura do curso, na Escola de Magistrados da Justiça Federal da 3.ª Região (EMAG), contou com a presença da Presidente do TRF3, Desembargadora Federal Therezinha Cazerta.
Para a Magistrada, o curso é de extrema importância, uma vez que a Língua Portuguesa apresenta grande dificuldade para todos que trabalham diariamente com a produção de textos técnicos.
“É importante reconhecermos que todos nós encontramos dificuldades com a Língua Portuguesa e termos a grandeza de buscar aperfeiçoar-nos sempre. A nossa ferramenta de trabalho mais importante é o Português. Um texto, uma mensagem ou um e-mail mal-escritos afetam negativamente nossa reputação. Como representantes do Poder Judiciário, nós nos comunicamos por meio da linguagem escrita e devemos ter uma redação perfeita, conforme determinam as normas da Língua Portuguesa”, ressaltou a Presidente.
"O TRF3 tem trabalhado continuamente para promover o aperfeiçoamento do corpo funcional. Esse curso vem ao encontro da necessidade de desenvolvimento dos servidores, para a produção e a interpretação dos textos relacionados à atividade jurídica", completou a magistrada.
O curso tem carga horária de 12 horas e conta, na primeira turma, com a participação de 36 servidores. As aulas são ministradas pela servidora Vera Lúcia Lemos Rodrigues, que atua no TRF3 desde 2008. Ela foi professora de Língua Portuguesa, de Literatura e de Redação, por mais de 20 anos; é graduada em Letras pela PUC/Campinas e em Direito pela FADIVA/MG. No Gabinete da Presidência, é responsável pela revisão de textos produzidos por vários setores do Tribunal.
O conteúdo programático do curso aborda assuntos como Acordo Ortográfico (Uso do Hífen); Linguagem, Língua e Fala (Registros); Concordância Nominal e Verbal; Regência Nominal e Verbal (Importância, Emprego das Preposições); Vícios de Linguagem (Ambiguidade, Barbarismo – Morfologia; Gerundismo; Pleonasmo Vicioso; Plebeísmo; Solecismo – Concordância, Regência, Colocação); Coerência e Coesão Textual; Redação Técnica e Jurídica (Ofício, Atos Normativos).
“O ‘recorte’ de nosso curso será feito com base na Gramática Normativa, com o emprego do chamado ‘padrão culto escrito da Língua’, visto que nossa fala se dá em ambiente oficial, do qual se espera a produção de textos que tenham uma linguagem universal, inteligível para a maior parte dos destinatários, respeitando-se a necessidade do emprego de uma linguagem técnica. Nesse ambiente, não podemos perder de vista o aspecto semântico de nosso discurso, considerando-se que representamos o discurso de uma instituição fundamental à tarefa de ‘dizer o direito’, objetivo precípuo da Justiça e de seus representantes”, explicou a servidora que ministra o curso.
Ainda no primeiro semestre, novas turmas devem ser abertas para os demais servidores do Tribunal.
Fotos: ACOM/TRF3 |
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Desembargadora Federal Therezinha Cazerta na abertura do curso "Português Jurídico" |
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Presidente do TRF3 apresenta o curso a gestores do Tribunal |
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Gestores do TRF3 durante a primeira aula do curso "Português Jurídico" |
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Servidora Vera Lúcia Lemos Rodrigues, que ministra o curso "Português Jurídico" |
Assessoria de Comunicação Social do TRF3

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