Professor Mario Sergio Cortella palestra sobre diferença e desigualdade
O Tribunal Regional Federal da 3.ª Região (TRF3) realizou uma série de atividades para celebrar, na terça-feira (3/12), o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência. O intuito foi promover maior compreensão dos assuntos concernentes à deficiência e à defesa da dignidade das pessoas.
A palestra “Acolher a Diferença e Recusar a Desigualdade”, ministrada pelo filósofo e professor Mario Sergio Cortella, abriu o evento.
A Presidente do TRF3, Desembargadora Federal Therezinha Cazerta, presidiu a mesa de honra, que também contou com a participação do presidente da Comissão Permanente de Acessibilidade e Inclusão da Justiça Federal da 3.ª Região, Desembargador Federal Hélio Nogueira, e da Juíza Federal Marisa Cassettari, integrante da comissão.
“Hoje é um dia muito especial para a conscientização de todos”, afirmou a Presidente. “As pessoas com deficiência enfrentam muitas dificuldades e precisam ter maior espaço de convivência na sociedade, que não está devidamente aparelhada. É responsabilidade das instituições públicas e de todos criar as melhores condições a qualquer cidadão. É um dia de reflexão sobre o que cada um de nós pode fazer.”
O Desembargador Federal Hélio Nogueira disse que a deficiência não está no indivíduo, mas na sociedade, que, por inépcia, por covardia ou por preconceito, mostra-se sem aptidão para a inclusão dos seus cidadãos.
“Houve avanços, e a lei brasileira de inclusão é exemplo disso. Entretanto, o dia a dia da pessoa com deficiência continua duro, difícil, seja na questão da acessibilidade, seja na forma como somos vistos ou não. A convivência com a diferença nos traz crescimento e amadurecimento.”
O professor Mario Sergio Cortella ilustrou sua apresentação com várias situações cotidianas nas quais as pessoas com deficiência não estão incluídas, porque existe um padrão de “normalidade”. Ele alertou para a necessidade de se aprender a lidar com o diferente.
Segundo o filósofo, nos últimos 30 anos, a legislação vem cumprindo a tarefa da inserção. Mas é preciso ter cautela para que a inclusão precária não venha a segregar de outra forma.
“A recusa à inclusão, além de covarde, é tola, porque é um desconhecimento do que é a vida nas suas múltiplas faces”.
Café sensorial
Após a palestra, os instrutores voluntários do IN Movimento Inclusivo promoveram atividades com olhos vendados, cadeiras de rodas e muletas, em simulações para que os participantes pudessem experimentar as mesmas limitações das pessoas com deficiência.
A Presidente do TRF3 participou da experiência e ressaltou a importância de se colocar no lugar do outro e de pensar no que podemos fazer com aqueles que têm alguma dificuldade.
A servidora Elisabete Félix Farias vivenciou os papéis de condutora e de conduzida na atividade com cadeira de rodas. Ela relatou que ser guiada por outra pessoa a fez sentir-se cerceada.
À tarde, a celebração da data comemorativa foi encerrada com apresentação do Coral da Associação de Deficientes Visuais e Amigos (ADEVA), sob regência de Julio Batisti.
A instituição existe há mais de 40 anos e presta assistência ao deficiente visual com aulas em braile, entre outras oficinas.
Exposição Memorial da Inclusão
A programação conta ainda com exposição do “Memorial da Inclusão: Os Caminhos da Pessoa com Deficiência”, que ficará aberta à visitação no Hall Nobre do TRF3 até sexta-feira, 6 de dezembro.
Fotos: ACOM/TRF3 |
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Professor Mario Sergio Cortella palestra sobre diferença e desigualdade |
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Público presente ao evento |
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Da esq. para à dir.: Filósofo Mario Sergio Cortella; Juíza Federal Marisa Cassettari; Presidente do TRF3 Therezinha Cazerta; Desembargador Federal Hélio Nogueira e instrutor voluntário do IN Movimento Inclusivo, César Eduardo Lavoura Romão |
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Presidente do TRF3 com representantes da Comissão Permanente de Acessibilidade e Inclusão da Justiça Federal da 3.ª Região e equipe organizadora do evento |
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Apresentação do Coral da Associação de Deficientes Visuais e Amigos (ADEVA) |
Assessoria de Comunicação Social do TRF3

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