Mutirão foi coordenado pelo TRF3 e contou com a participação de várias instituições
O 1° Pop Rua Jud Oz realizou, de 25 a 27 de abril, 6.875 atendimentos à população em situação de vulnerabilidade em Osasco, região metropolitana de São Paulo. O projeto, coordenado pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3) e pela Justiça Federal, teve apoio da Prefeitura de Osasco e contou com mais de 30 serviços de cidadania.
“A concentração de atividades possibilita a resolução de múltiplos problemas. Por meio do programa, o Judiciário cumpre não só o papel de julgador, mas de pacificador social”, ressaltou a juíza federal em auxílio à Presidência do TRF3 Marisa Cucio.
Em três dias de evento, passaram pela triagem 726 pessoas. A Justiça Federal, Justiça do Trabalho, Ordem dos Advogados do Brasil – Seção São Paulo (OAB-SP), Ministério do Trabalho, Defensoria Pública do Estado de São Paulo (DPE), Defensoria Pública da União (DPU), Advocacia Geral da União (AGU), Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), Ministério Público Eleitoral (MPE) e o Ministério Público Federal (MPF) realizaram ao todo 325 atendimentos.
Já a Secretaria de Justiça e Cidadania do Governo do Estado de São Paulo e as Secretarias Municipais totalizaram 2.639 atendimentos. A Receita Federal, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), as Procuradorias e Caixa Econômica Federal efetuaram 371 atendimentos. Os demais órgãos públicos e entidades da sociedade civil realizaram outros 3.540 atendimentos.
Atendimento na triagem do Pop Rua Jud Oz (Foto: Acom/TRF3)
Personagens
Lívia Paiva da Silva, 42 anos, natural do Rio de Janeiro, veio a São Paulo por motivos familiares, após o falecimento da mãe. Ela disse ter passado no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), nas cotas raciais do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), para o curso de Engenharia de Alimentos da Universidade Federal de Uberlândia.
No evento, ela conseguiu tirar os documentos necessários para ingresso na instituição educacional. “Seria imprescindível que todos tivessem acesso a esses serviços. É gratificante ver que os órgãos públicos se preocupam com quem está em vulnerabilidade social”, afirmou.
Lívia Paiva da Silva no Pop Rua Jud Oz
Raquel Magali Cordeiro tem deficiência visual e mora em um alojamento. Compareceu ao Pop Rua no dia 25 e conseguiu transferir o título de eleitor para Osasco, além de passar por atendimento médico. Ela voltou no dia seguinte para resolver questões sobre aposentadoria.
Raquel Magali Cordeiro (Foto: Acom/TRF3)
“Eu achei o trabalho muito interessante. Aqui as pessoas nos tratam com igualdade, não tem diferença, me acolheram muito bem”, disse.
Já Reinaldo Pereira da Silva contou que vive em um abrigo e parou de trabalhar por motivo de saúde. Ele compareceu ao mutirão para emitir documentos, passar por consulta médica e requerer benefício assistencial.
Natural de Campina Grande, João Salvador relatou que perdeu a memória após sofrer um acidente. Atualmente, vive em um albergue. No Pop Rua, ele tirou certidão de nascimento, título eleitoral e Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS), além de fazer um curativo na perna. “Fiquei sabendo da ação e participei, valeu a pena.”
Com as três filhas, a boliviana Érica Santa Maria foi ao mutirão para regularizar o registro de estrangeiro e obter o Bolsa Família. “Esse trabalho é bom, porque facilita aos imigrantes fazer a documentação”, concluiu.
Erica Santa Maria foi ao mutirão para regularizar o registro de estrangeiro (Foto: Acom/TRF3)
União de esforços
Segundo a diretora da Subseção Judiciária de Osasco, juíza federal Adriana Freisleben de Zanetti, o projeto propiciou a reintegração de pessoas à sociedade.
"É muito significativo a Justiça exercer o papel de promoção da cidadania aos vulneráveis. Por meio dessas ações, eles têm a oportunidade de regularizar a documentação e ter acesso a benefícios assegurados por lei”, explicou.
Juíza federal Adriana Freisleben, prefeito de Osasco Rogério Lins e juíza federal Marisa Cucio (Foto: Acom/TRF3)
A Prefeitura Municipal participou oferecendo vagas de emprego, alimentação, serviços para animais de estimação e orientação psicológica.
Para o prefeito de Osasco, Rogério Lins, o evento representou um gesto de amor ao próximo. “Todos os cidadãos precisam ser tratados com respeito e dignidade. O trabalho de acolhimento das instituições possibilitou à população em situação de rua cortar cabelo, tomar banho, pegar produtos de higiene, e, em alguns casos, até encaminhamento para o mercado de trabalho”, pontuou.
A juíza federal Adriana Delboni Taricco, da 1ª Vara-Gabinete de Osasco, atuou no Pop Rua pela primeira vez e aprovou a experiência.
“As pessoas que vieram gostaram, encaminharam outras ou voltaram para utilizar mais serviços. Isso prova que o projeto é rápido, eficaz e eficiente. A cooperação fez com que a organização ficasse ainda melhor. É a justiça efetiva para quem mais precisa”, concluiu.
O mutirão contou com a participação de órgãos públicos e instituições civis que promoveram emissão e regularização de documentos; concessão de benefícios sociais e previdenciários; ajuizamento de ações na Justiça Federal; assistência social e humanitária; atendimento de saúde e odontológico; e orientação jurídica.
Assessoria de Comunicação Social do TRF3
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