Evento tratou do conceito e usos da disciplina na Justiça Federal
A Escola de Magistrados da Justiça Federal da 3ª Região (Emag) realizou, no dia 23 de agosto, a palestra "Jurimetria”, que trata da aplicação de modelos estatísticos na compreensão de processos e fatos jurídicos. O evento foi direcionado ao público em geral, especialmente magistrados e servidores.
Na abertura, o diretor da Emag, desembargador federal Nino Toldo, ressaltou a relevância do tema para o aprimoramento do trabalho na Justiça federal.
Professor Marcelo Guedes e diretor da Emag, desembargador federal Nino Toldo (Foto: Acom/TRF3)
A palestra foi conduzida pelo professor de Direito Comercial da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP) e diretor-presidente da Associação Brasileira de Jurimetria (ABJ), Marcelo Guedes.
O palestrante abordou o conceito do termo Jurimetria, uma disciplina empírico-quantitativa dentro do Direito. Por meio da análise de dados gerados pelo Judiciário, as demandas podem ser quantificadas e os padrões, determinados.
“Não é apenas uma estatística judiciária. Ela pode ser utilizada em tribunais administrativos, como a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF), para compreensão de como o Direito se manifesta de maneira concreta. O objetivo da disciplina é identificar se os objetivos perseguidos pela lei, pela reforma ou pelo desenho geral das políticas públicas estão funcionando”, acrescentou.
Público durante palestra sobre Jurimetria (Foto: Acom/TRF3)
Marcelo Guedes evidenciou a sinergia entre a tecnologia da sociedade da informação e a Jurimetria. “Quando ocorre a migração dos processos do meio físico para o eletrônico, há a conversão em dados de toda a realidade judiciária. A partir de então, as ferramentas tecnológicas passam a coletá-los de forma mais barata e o custo operacional das pesquisas cai”.
O professor afirmou que o Direito é a medicina do convívio; os tribunais, grandes hospitais; e as leis, medicamentos desenhados para resolver as relações de convivência.
“Os métodos utilizados nas pesquisas são originários da investigação e estatística médica, elaborados para detectar a movimentação das ações dentro dos tribunais e possibilitar a criação de estratégias de reação”, concluiu.
Assessoria de Comunicação Social do TRF3
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