Desembargadoras federais do TRF3 Therezinha Cazerta e Cristina Nascimento participaram do encontro
O uso de inteligência artificial no Judiciário, sobretudo em julgamentos com perspectiva de gênero e voltados a grupos minorizados, foi um dos temas que guiou os debates do último dia da 3ª edição do Mulheres na Justiça: novos rumos da Resolução Conselho Nacional de Justiça (CNJ) nº 255. O evento, organizado pelo Conselho, ocorreu nos dias 12 e 13 de setembro.
Painel 2: Inteligência Artificial e Grupos Minorizados (Fotos:CNJ)
As desembargadoras federais do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3) Therezinha Cazerta e Cristina Nascimento participaram do encontro.
Therezinha Cazerta participou, como coordenadora, da Oficina 7: Acompanhamento das Resoluções nº 525/2023 e nº 540/2023 do CNJ.
Já Cristina Nascimento refletiu sobre as dificuldades na compreensão da diversidade e complexidades das violências sofridas por grupos de mulheres de diferentes etnias.
“Uma mulher indígena que sofre violência doméstica dentro da sua terra e do seu povo, muitas vezes, não tem assistência da polícia e do Ministério Público. E essa demanda nem mesmo chega ao Poder Judiciário, porque, por uma visão discriminatória e totalmente colonizadora, entende-se que [a violência] pode ser um hábito local, da cultura”, relatou Cristina.
A programação contou com um painel apresentado pela ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edilene Lôbo. A magistrada suscitou reflexões sobre a inserção das mulheres no ambiente digital. Além disso, defendeu que as integrantes do sistema de Justiça precisam compreender a aplicação da inteligência artificial, tecnologia coadjuvante em vários processos.
Desembargadora federal Therezinha Cazerta (à esquerda) coordena oficina
As atividades incluíram discussões sobre os novos rumos do Poder Judiciário, especialmente diante do cenário de mudanças climáticas, com impacto sobre grupos sociais historicamente excluídos.
Sobre a questão climática, a subprocuradora-geral da República, Raquel Dodge, apontou à proteção dos vulneráveis e à garantia de acesso à Justiça em situações de emergência. “Essas pessoas, na crise, sofrem mais severamente os danos”, reforçou.
O evento terminou com painéis e oficinas voltados à discussão de medidas para assegurar a igualdade de gênero nos órgãos do Judiciário.
Evento reuniu magistradas e servidoras de todo o país
A íntegra do encontro pode ser assistida no canal do CNJ no YouTube.
Com informações do CNJ
Assessoria de Comunicação Social do TRF3
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