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22 / agosto / 2025
Segundo dia do Pop Rua Jud Guarulhos atende pessoas em situação de rua e indígenas da região

Mutirão coordenado pela Justiça Federal oferta mais de 30 serviços de cidadania 

O segundo dia do Pop Rua Jud Guarulhos 2 intensificou os atendimentos à população em situação de rua e vulnerabilidade com o objetivo de garantir acesso à justiça, emissão de documentos, assistência social e saúde.  

O mutirão, coordenado pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3) e pela 19ª Subseção Judiciária do Estado de São Paulo, com apoio da prefeitura local, ocorreu pela segunda vez no município. 

Muitos indígenas que vivem na região foram atendidos no projeto. 

“Nasci em Pernambuco e sou descendente da etnia Atikun. Trabalho desde os dez anos de idade e lutei muito na vida. A perícia estava muito atrasada. No mutirão consegui resolver e fui muito bem atendida”, disse Maria Neci Gomes da Cruz, 57, que buscou o Benefício de Prestação Continuada da Lei Orgânica da Assistência Social (BPC/LOAS). 

Maria Neci Gomes da Cruz é da etnia Atikun (Fotos: Acom/TRF3) 

Fábio do Nascimento Vieira, 39, é pessoa com deficiência e conseguiu dar entrada no benefício assistencial. “Este tipo de evento traz uma oportunidade para a gente se reerguer e sair da situação de rua, quem sabe até conquistar uma moradia.” 

Fábio do Nascimento Vieira 

Mauricir Junqueira de Moura, 63, usou serviços de dentista, emissão de documentos e buscou obter o auxílio-doença. “Moro em um abrigo e estou impossibilitado de trabalhar. O único meio que temos de conquistar as coisas é quando alguém olha por nós. O mutirão poderia ocorrer mais vezes e em outros locais para chegar a todos os necessitados.” 

Mauricir Junqueira de Moura 

Roberta Lopes dos Santos, 69, viveu em situação de trabalho escravo contemporâneo por mais de 30 anos, atuando como empregada doméstica em uma residência sem receber remuneração. Foi resgatada após denúncia de uma vizinha. 

Atualmente vive com o filho que tem autismo severo. O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) suspendeu o benefício assistencial do rapaz, então ela foi ao Pop Rua Jud para tentar uma solução. 

“Trabalhei por muitos anos como doméstica. Eles (os empregadores) não me pagavam e fui resgatada. Hoje, sei um pouco mais sobre meus direitos e quero resolver o problema do meu filho”, disse Roberta. 

Roberta Lopes dos Santos viveu em situação de trabalho escravo contemporâneo 

Para o defensor público Murillo Ribeiro Martins, o caso da dona Roberta ilustra a importância do mutirão. 

“A organização está de parabéns, é um espaço que reúne vários órgãos e ajuda na solução de situações como essa. A pessoa não precisa passar por todas as demandas administrativas e burocráticas que normalmente existem, aqui tudo se resolve de imediato”, frisou. 

O juiz federal Riccardo Spengler, da 2ª Vara-Gabinete de Guarulhos, participou pela segunda vez do evento. 

“É importante porque atende as pessoas que têm mais dificuldades e não conseguem acessar os serviços públicos básicos. Além disso, é uma experiência interessante na formação do magistrado, pois aqui vemos como é a realidade da vida dessas pessoas.” 

Juiz federal Riccardo Spengler 

Já a procuradora federal Roberta Rovito esteve na primeira edição do Pop Rua Guarulhos e quis participar novamente. “Foi bem marcante. Ocorreram muitos atendimentos, inclusive para a população indígena, que não imaginava ser tão grande em um centro urbano.” 

Estefani Marques de Oliveira (de amarelo), 24 anos, é da etnia Pankararu e passou por audiência com o juiz para obter o salário-maternidade 

Ações de cidadania 

A força-tarefa ofereceu mais de 30 atendimentos em cidadania, justiça, assistência e saúde à população em situação de rua e vulnerabilidade social.  

Serviços de saúde foram oferecidos 

O superintendente adjunto da Receita Federal, André Martins, esteve no mutirão e explicou como é a contribuição do órgão. 

“Nossa principal atuação é a regularização do Cadastro de Pessoa Física (CPF). Também destinamos para doação vestimentas que foram apreendidas. Esta iniciativa é da maior importância para quem mais precisa.” 

Superintendente adjunto da Receita Federal, André Martins 

A professora do Fundo Social de Solidariedade da Prefeitura de Guarulhos, Bernadete Fiorillo, atuou nos serviços de manicure, cabeleireiro e barbeiro. 

“Este evento é importante porque trabalhamos com a autoestima das pessoas em situação de rua. Elas não têm sequer o básico para fazer a higiene, o que impacta até na saúde.” 

Bernadete Fiorillo

A escritora Luciene Müller viveu na rua por sete anos e retratou a história em um livro. Ela participou do mutirão de Guarulhos com o projeto “Colo por Correspondência”. 

No espaço, as pessoas tiveram a oportunidade de escrever cartas para amigos ou familiares. 

Luciene Müller 

“A inciativa agrega um trabalho de escuta e compreensão. Tivemos experiências lindas, como uma pessoa que escreveu para a própria mãe, outra para um irmão de rua hospitalizado, até eu recebi uma carta como retribuição ao acolhimento”, concluiu. 

Assessoria de Comunicação Social do TRF3 

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