Força-tarefa coordenada pelo TRF3 ofereceu mais de 30 serviços a pessoas em vulnerabilidade social, indígenas e imigrantes
De 20 a 22 de agosto, Guarulhos/SP foi palco de uma verdadeira mobilização de cidadania e solidariedade. O 2º Mutirão de Atendimento à População em Situação de Rua do município (Pop Rua Jud Guarulhos 2) realizou mais de 4 mil atendimentos a pessoas em situação de vulnerabilidade, indígenas e imigrantes. O evento foi marcado por histórias de superação, emoção e esperança.
Coordenado pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3) e pela 19ª Subseção Judiciária do Estado de São Paulo, com apoio da Prefeitura de Guarulhos, o mutirão reuniu cerca de 30 órgãos públicos e organizações não governamentais no Centro Educacional Adamastor, no bairro Macedo.
Pessoas em atendimento no mutirão (Fotos: Acom/TRF3)
A proposta é simples e poderosa: levar o Estado até quem mais precisa, reunindo em um só lugar serviços como emissão de documentos, assistência jurídica, saúde, alimentação e acesso a benefícios sociais e previdenciários.
“O evento promove inclusão, dignidade e reconexão com a cidade. As pessoas atendidas passam a se sentir parte do município novamente”, afirmou o juiz federal Paulo Marcos de Almeida, coordenador local.
Juiz federal Paulo Marcos de Almeida, coordenador local do Pop Rua
Aline Magnoni, diretora do Juizado Especial Federal de Guarulhos, destacou a eficiência da ação, que contou com cerca de 200 voluntários por dia. “É um projeto que promove inclusão e dignidade”, disse.
Além da população em situação de rua, foram atendidos migrantes — incluindo bolivianos, peruanos, paraguaios -, e indígenas. Um dos diferenciais foi a agilidade na concessão de benefícios previdenciários, com mais de 70 processos distribuídos e cerca de 30 implantações realizadas no local.
Aline Magnoni, diretora do Juizado Especial Federal de Guarulhos
Histórias que emocionam
Entre os atendidos, há histórias que revelam o verdadeiro impacto da iniciativa como a de Renato de Oliveira Silva. Morador de abrigo, ele conseguiu o tão sonhado Benefício de Prestação Continuada (BPC). “Foi o maior objetivo da minha vida”, declarou emocionado.
Renato de Oliveira Silva emocionado com a obtenção do BPC
Maria Santos, mãe de um menino com Transtorno do Espectro Autista (TEA), celebrou a emissão do Registro Geral (RG) do filho e a atualização do Bolsa Família: “Estou muito feliz e só tenho a agradecer”, disse com lágrimas nos olhos.
Geovanni Bortolozo, eletricista que esteve no primeiro dia para ser atendido, voltou como voluntário nos dias seguintes. “Aqui a gente se sente acolhido pela sociedade”, disse, após ajudar outras pessoas em situação de vulnerabilidade.
Geovanni Bortolozo foi atendido e virou voluntário do mutirão
Ismael Ferreira Leite, ex-metalúrgico, viveu um momento que definiu como milagroso. Após cinco anos de luta e humilhações, conseguiu se aposentar em poucas horas. “Foi mais que um milagre”, agradeceu.
Ismael Ferreira Leite com equipe da Procuradoria do INSS
Estrutura e tecnologia a serviço da cidadania
O Pop Rua Jud Guarulhos 2 não foi apenas um mutirão de serviços. Foi um encontro de dignidade, empatia e transformação. A iniciativa reforça o papel do Estado em se aproximar da população com respeito e humanidade, tornando a cidade mais justa para todos.
A Procuradoria do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) também celebrou os resultados: mais de 90% dos casos foram resolvidos por acordo, incluindo concessões de salário-maternidade a indígenas e benefícios a pessoas resgatadas de condições análogas à escravidão.
População em situação de rua corta cabelo no mutirão
A estrutura de informática foi essencial para o sucesso do evento. “Com triagens digitais e conectividade eficiente, foi possível mapear dados importantes para futuras ações”, relatou Gilson Santos, diretor de Tecnologia da Informação da Seção Judiciária de São Paulo.
A primeira edição do mutirão em Guarulhos foi realizada em 2023 e atendeu mais de mil pessoas. A força-tarefa integra as políticas públicas judiciais promovidas pelo Comitê Regional Pop Rua Jud do Estado de São Paulo, instituído pela Resolução Conjunta nº 4/2023. A ação também atende à Resolução CNJ nº 425/2021, que criou a Política Nacional Judicial de Atenção a Pessoas em Situação de Rua e suas interseccionalidades.
Assessoria de Comunicação Social do TRF3
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