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28 / novembro / 2025
Encontro promovido pela Emag aborda longevidade e propõe caminhos para uma vida plena na aposentadoria

Evento discutiu os impactos do preconceito contra pessoas idosas e apresentou estratégias para servidores que iniciam uma nova fase da vida 

A Escola de Magistrados da Justiça Federal da 3ª Região (Emag) promoveu, no dia 27 de novembro, a roda de conversa “Longevidade - Novos Tempos”, com a atriz, mestra em artes cênicas e especialista em pedagogias do corpo e da saúde Fernanda Carvalho Leite. 

O evento, coordenado pela diretora da Emag, desembargadora federal Marisa Santos, contou com a participação dos desembargadores federais aposentados Antonio Cedenho e Cecília Mello. 

Desembargadores federais Antonio Cedenho, Cecília Mello, Marisa Santos e a palestrante Fernanda Leite (Fotos: Acom/TRF3) 

“O objetivo do encontro é proporcionar uma conversa descontraída sobre uma questão tão importante que é cuidar de nós mesmos. O avanço do tempo é inexorável e temos que saber conviver com esse momento em nossas vidas”, disse Marisa Santos. 

Fernanda Carvalho Leite iniciou a exposição abordando o termo “velhofobia”, popularizado pela antropóloga Mirian Goldenberg. A expressão descreve a discriminação contra pessoas idosas, que se manifesta na cultura do descarte e impacta diretamente a autoestima de quem envelhece. Durante a palestra, a especialista destacou que esse preconceito não apenas limita oportunidades, mas também compromete a saúde emocional. 

A apresentação trouxe uma reflexão sobre o paradoxo de “ser jovem enquanto velho e ser velho enquanto jovem”, ressaltando que todos carregam dimensões distintas: uma parte aventureira e cheia de energia, e outra mais tradicional e conservadora. “Reconhecer e equilibrar essas forças internas é essencial para uma vida plena”, afirmou a palestrante. 

Especialista em pedagogias do corpo e da saúde Fernanda Carvalho Leite 

Outro ponto abordado foi a teoria do Flow, desenvolvida pelo psicólogo Mihaly Csikszentmihalyi, relativa ao estado de concentração e presença alcançado ao realizar atividades desafiadoras que despertam habilidades pessoais. “Não se trata apenas de felicidade, mas de inteireza e propósito”, explicou. 

A metodologia FERA — Fluxo, Empatia, Respiração e Autenticidade — também foi apresentada como ferramenta prática para promover bem-estar. A abordagem integra conceitos da comunicação não violenta e técnicas de autoconhecimento, incluindo exercícios de respiração para regular o sistema nervoso e reduzir os efeitos da ansiedade, considerada uma epidemia global. 

Roda de conversa foi realizada na sala multiuso da Emag 

Voltada especialmente para servidores em fase de transição para a aposentadoria, a palestra reforçou a importância de resgatar atividades que tragam significado e prazer. “É um convite para olhar para si, retomar sonhos e construir uma rotina que proporcione plenitude”, concluiu a palestrante. 

Além das reflexões, foram indicadas referências bibliográficas e processos de acompanhamento individual ou em grupo para quem deseja aprofundar-se no tema. 

Opiniões 

A desembargadora federal aposentada Cecília Mello ressaltou as diferentes maneiras de agir que as pessoas têm quando percebem mudanças com o passar dos anos. 

“Precisamos ter o controle dos sentimentos, das razões e da forma como respiramos. É preciso entender a maneira como vivemos e como aproveitamos os momentos. Essas questões não estão dissociadas”, disse a magistrada. 

Cecília Mello frisou que o desejo, o desafio, a vontade e o preparo físico na respiração são componentes do bem-viver. “Vejo a vida como vários ciclos e cada um deles é diferente do anterior. Precisamos nos acostumar com nossas limitações”. 

O desembargador federal aposentado Antonio Cedenho ressaltou o aumento da população idosa e as mudanças que devem ocorrer na sociedade. 

“Nós seremos a maioria daqui a alguns anos. De certa forma, isso vai mudar muita coisa em relação às pessoas idosas, por exemplo, o tratamento dado pelos meios de comunicação e pela publicidade. Vamos continuar ativos e disputar postos de trabalho.” 

Para o magistrado, um choque de gerações está em andamento. “Não existe mais a função social que o avô ou a avó representava, de ficar sentado na cadeira de balanço ou fazendo meias de tricô. A sociedade terá que mudar o entendimento em relação aos mais velhos.” 

Desembargadores federais Jean Marcos, Cecília Mello, Antonio Cedenho; palestrante Fernanda; desembargadores federais Marisa Santos e Marcos Moreira 

Assessoria de Comunicação Social do TRF3 

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