Até 9/11, mais de 7 mil audiências da Justiça Federal irão ocorrer na cidade de São Paulo
O Tribunal Regional Federal da 3.ª Região (TRF3) e o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP) promoveram, na manhã de hoje (4/11), a abertura da XIV Semana Nacional da Conciliação, campanha realizada anualmente pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em parceria com os Tribunais do país, para estimular a resolução de conflitos por meio do acordo entre as partes. A cerimônia foi realizada no Salão do Júri, no Palácio da Justiça, na capital paulista.
Compuseram a mesa de honra da cerimônia de abertura o Corregedor Nacional de Justiça e membro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Ministro Humberto Martins; a Presidente do TRF3, Desembargadora Federal Therezinha Cazerta; o Presidente do TJSP, Desembargador Manoel de Queiroz Pereira Calças; o Vice-Presidente do TJSP, Desembargador Artur Marques da Silva Filho; o Corregedor-Geral de Justiça do TJSP, Desembargador Geraldo Francisco Pinheiro Franco; o Presidente do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), Desembargador Carlos Eduardo Cauduro Padin; o Coordenador do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (NUPEMEC) do TJSP, Desembargador José Carlos Ferreira Alves; e o Coordenador Substituto do Gabinete da Conciliação do TRF3, Desembargador Federal David Dantas.
O Desembargador Ferreira Alves ponderou que a conciliação e a mediação estão presentes o ano inteiro no Judiciário e que, por isso, a Semana Nacional da Conciliação tem cunho essencialmente institucional. “Na conciliação, prepondera a vontade das partes. O Estado não tem papel decisório, mas, sim, meramente homologatório.” Lembrou os altos índices de acordos alcançados pela conciliação e fez um agradecimento especial aos conciliadores e aos mediadores, pelos resultados obtidos.
O Desembargador Federal David Dantas afirmou que a Semana Nacional da Conciliação tem uma importância que transcende os dados estatísticos. “Buscar a paz é uma característica que vai existir em qualquer conceito de Direito. Mediar e conciliar é passar para a sociedade a ideia de que a solução de nossas divergências pode ser alcançada de outras formas. Quando se concilia, a pessoa se coloca no lugar do outro e cede. É uma espécie de pedagogia.”
A Presidente do TRF3, Therezinha Cazerta, enfatizou a relevância da atuação do Poder Judiciário na busca do diálogo para a resolução de conflitos. A Magistrada destacou os serviços prestados à Justiça e à Conciliação pelo Ministro Humberto Martins e pelo Desembargador Federal Paulo Fontes. Ressaltou, também, o trabalho desempenhado pela Desembargadora Federal e ex-Conselheira do CNJ Daldice Santana, por ter introduzido a cultura da conciliação na Justiça Federal.
“Nós sempre acreditamos na conciliação como o futuro da Justiça. Não porque o Poder Judiciário brasileiro esteja repleto de processos, mas por acreditarmos que a melhor solução para os conflitos é aquela em que as partes constroem a decisão, de acordo com as suas vontades e com as suas condições. Portanto, a pacificação se dá efetivamente de modo mais rápido e permanente. Mais do que solucionar conflitos pontuais, nós devemos estimular o diálogo e o consenso como forma de alcançar a paz em situações de conflito que permeiam a convivência social”, salientou.
Em seguida, o Ministro Humberto Martins referiu-se à mediação e à conciliação como “ferramentas do futuro de uma justiça efetiva, produtiva e, sobretudo, de mãos dadas com o Poder Judiciário e com a sociedade. Justiça rápida é cidadania plena. Sem Justiça, não há cidadania. Sem cidadania, não há estado de direito.”
O Desembargador Pereira Calças agradeceu à Justiça Federal pela parceria nessa área, estendendo os agradecimentos aos profissionais que atuam na conciliação. “Hoje, nós temos o projeto mais bem-sucedido de Justiça do Brasil, graças ao trabalho dos conciliadores e dos mediadores que estão aqui. Toda essa união em torno da mediação, na qual o juiz se curva à soberania da vontade popular, é a Justiça mais democrática da Carta da República. Mediação, conciliação e vontade popular: mais democracia do que isso é impossível”.
Visita à Cecon-SP
A Presidente Therezinha Cazerta e o Desembargador David Dantas visitaram a Central de Conciliação de São Paulo (Cecon-SP), na Praça da República, e acompanharam os trabalhos no primeiro dia de audiências. Durante a 14.ª Edição da Semana Nacional da Conciliação, de 4 a 8 de novembro, a Cecon-SP irá realizar mais de 7 mil audiências, número quatro vezes superior ao de sessões realizadas pela Cecon em 2018. A pauta reúne processos sobre benefícios previdenciários, contratos de financiamento de imóvel pelo Sistema Financeiro da Habitação, execuções fiscais do Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo e negociação de dívida e dano moral contra a Caixa Econômica Federal.
ACOM/TRF3 |
Da esq. p/dir.: Coordenador Substituto do Gabinete da Conciliação do TRF3, David Dantas; Corregedor-Geral de Justiça do TJSP, Geraldo Pinheiro Franco; Ministro Humberto Martins (STJ); Presidente do TJSP, Manoel Pereira Calças; Presidente do TRF3, Therezinha Cazerta; Vice-Presidente do TJSP, Artur Marques da Silva Filho; Presidente do TRE-SP, Carlos Eduardo Cauduro Padin; e o Coordenador do NUPEMEC do TJSP, José Carlos Ferreira Alves |
Autoridades da mesa de honra da abertura da Semana Nacional da Conciliação |
Público presente no Salão do Júri do Palácio da Justiça, na capital paulista |
Presidente do TRF3, Therezinha Cazerta (centro), discursa na cerimônia |
Da esq. p/dir., autoridades presentes na Cecon/SP: Advogado Adriano de Oliveira (Caixa); Juíza Federal Fernanda Hutzler; Desembargador Federal David Dantas; Presidente do TRF3, Desembargadora Federal Therezinha Cazerta; Juiz Federal Herbert de Bruyn Júnior; Juiz Federal Bruno Takahashi; Juiz Federal Nilson Martins Lopes Júnior; e Juiz Federal Eurico Maiolino |
Assessoria de Comunicação Social do TRF3
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