Bióloga e especialista em inclusão de pessoas com deficiência, Mari de Oliveira, relatou a experiência como mãe e mulher
Em comemoração ao Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, celebrado em 3 de dezembro, o Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3) realizou, no dia 5 de dezembro, a palestra “Minha Jornada na AACD: Resiliência e Transformação”, com Mari de Oliveira.
O evento integrou a Semana da Acessibilidade e da Inclusão promovida pela Corte.
Mari de Oliveira conta sua história no TRF3 (Fotos: Acom/TRF3)
“Minha história começa quando tive o desejo de ser mãe. Nessa época fui diagnosticada com doença de Crohn, uma inflamação crônica do intestino. Aquilo me impactou muito, porque achei que afetaria a minha fertilidade”, disse.
Bióloga e especialista em inclusão de pessoas com deficiência, Mari abordou a história de superação como mãe e mulher com deficiência.
Após receber o diagnóstico da doença de Crohn, Mari de Oliveira iniciou um tratamento que a fez melhorar de saúde. Algum tempo depois engravidou. Porém, descobriu que o filho tinha malformação na coluna.
“Foi muito difícil, eu não tinha contato com pessoas nessa condição e a minha falta de informação me levou a percorrer lugares ruins, onde me deparei com preconceito, dúvidas e medo.”
Ao conhecer a Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD), Mari teve acesso a profissionais capacitados. “A vida com adaptação é perfeita e muito possível. Hoje meu filho usa órteses, aprendeu a usar o andador e a cadeira de rodas e está muito bem.”
Quando o filho tinha sete anos de idade (hoje está com 13), ela precisou passar por uma cirurgia de emergência e teve complicações. Ficou em coma por vários dias e teve problemas na circulação sanguínea, resultando na amputação das duas pernas e dos dedos das mãos. Também passou a usar bolsa de colostomia.
“Precisei me reabilitar e retomar o controle de minha vida. Como eu já conhecia a AACD, sabia qual era o caminho. Hoje eu, meu marido e meu filho somos uma equipe. Vivemos de forma totalmente adaptada com órteses, próteses, cadeira de banho, cadeira de rodas e acessórios que nos ajudam.”
Desembargadores federais Antonio Morimoto, Adriana Pileggi e Consuelo Yoshida com a palestrante Mari de Oliveira
Atualmente Mari de Oliveira trabalha e promove palestras contando sua história. “Minha atitude positiva teve grande repercussão. Gosto de abordar o tema da sensibilização para fazer com que as pessoas repensem a deficiência, as dificuldades e as formas de inclusão.’
A palestra contou com a presença da coordenadora dos Juizados Especiais Federais da 3ª Região, desembargadora federal Consuelo Yoshida, e dos membros da Comissão Permanente de Acessibilidade e Inclusão da 3ª Região (CPAI3R), desembargadores federais Adriana Pileggi e Antonio Morimoto.
Visita aos setores do Tribunal
Como parte das comemorações, durante a manhã, um grupo de servidores acompanhado dos desembargadores federais Adriana Pileggi e Antonio Morimoto foi recebido pelo presidente do TRF3, desembargador federal Carlos Muta, no Gabinete da Presidência.
Presidente do TRF3 recebe grupo de magistrados e servidores
Na sequência, assistiram à última edição de 2024 do projeto “Vamos Descontrair”, com uma apresentação do juiz federal José Eduardo de Almeida Leonel Ferreira ao piano.
Depois, acompanharam uma sessão de julgamento, visitaram a biblioteca, o gabinete da desembargadora federal Adriana Pileggi e terminaram o dia com a palestra de Mari de Oliveira.
A proposta foi dar visibilidade e promover os temas da inclusão e da acessibilidade, com a participação do grupo em atividades e integração com os colegas que atuam no tribunal.
Assessoria de Comunicação Social do TRF3
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