Material genético do réu foi encontrado em objetos apreendidos no local do crime
A 3ª Vara Federal de Bauru/SP condenou um homem a 19 anos, 8 meses e 25 dias de reclusão, por participar de um roubo à agência da Caixa Econômica Federal (CEF), no município do interior paulista, na madrugada do dia 5/9/2018. O réu atuou com uma quadrilha organizada que utilizou armamento pesado e explosivos, provocando terror à população da cidade. A decisão, proferida no dia 8/11, é da juíza federal Maria Catarina de Souza Martins Fazzio.
De acordo com a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), o réu cometeu roubo mediante concurso de pessoas, com uso de arma de fogo e manutenção de vítima em restrição de liberdade. O ato causou danos à agência bancária, às viaturas policiais e a carros roubados e ou furtados, utilizados para a execução do crime.
O MPF narrou que mais dez homens participaram da ação. Sustentou que durante as investigações o perfil genético do acusado foi encontrado em dois objetos apreendidos após o assalto: uma touca do tipo balaclava e um fragmento de papel de cigarro. A touca estava no interior de um veículo, com perfurações a bala, devido à troca de tiros com os policiais.
Em sua defesa, o réu não soube explicar por qual razão o material genético foi encontrado nos objetos apreendidos.
Para a juíza Marina Catarina Fazzio, ficou comprovada a participação do homem no roubo em Bauru, cuja ação resultou em uma intensa troca de tiros entre policiais militares e assaltantes que utilizaram, inclusive, drone para monitorar a polícia.
Sobre as provas, a magistrada ressalta que foram coletadas por peritos federais em setembro de 2018 e encaminhadas ao Instituto Nacional de Criminalística para a extração de perfil genético do criminoso. “O laudo foi elaborado em janeiro de 2020, ou seja, muito antes da ação da Polícia Civil, questionada pela defesa”, aponta.
Por fim, a magistrada julgou comprovada a participação do réu em organização criminosa armada voltada a roubo a bancos, caracterizada pela divisão de tarefas e associação de mais de duas dezenas de indivíduos. “Durante a ação do roubo em Bauru e na fuga, houve restrição à liberdade de vítimas mediante grave ameaça com emprego de armas de fogo de grosso calibre e utilização de explosivos”, concluiu a juíza.
Assessoria de Comunicação Social do TRF3
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