ACONTECE JÚRI NA JUSTIÇA FEDERAL
Começou, ontem (4/3), às 11 horas, o julgamento de Carlos Leonel da Silva Cruz, ex-delegado da Polícia Federal, acusado de ser o mandante no assassinato do delegado-corregedor federal Alcioni Serafim de Santana, em 27 de maio de 1998, durante investigação do crime de concussão (extorsão praticada por servidor público). O Júri encontra-se na fase de leitura das peças e deverá ser interrompido hoje à noite, com reabertura dos trabalhos amanhã (6/3), após às 11 horas. Preside o Júri, o juiz federal Marco Aurélio de Mello Castriani; o representante do Ministério Público Federal, Luís Carlos dos Santos Gonçalves; o assistente de acusação, Carlos Alberto Toron; e o advogado de defesa, Marco Antônio Saddek . A Justiça Federal já julgou neste caso os seguintes réus: Sérgio Bueno, ex-sargento da PM, acusado de ter feito a intermediação entre Carlos Leonel da Silva Cruz e Gildenor Alves de Oliveira que, por sua vez, teria contratado Gildásio Teixeira Roma e Carlos Alberto da Silva Gomes para assassinar o delegado-corregedor, foi condenado em seu 2.º julgamento, em sessão ocorrida em 24 de outubro de 2001, a 24 anos de prisão. Em seu 1.º julgamento, Sérgio Bueno havia sido condenado a 27 anos de reclusão em regime fechado. Segundo a lei brasileira, a condenação igual ou superior a vinte anos permite que a defesa apresente protesto por novo júri. Gildásio Teixeira Roma, acusado de ser o autor dos disparos contra o delegado-corregedor, foi condenado, em seu 2.º julgamento, a 25 anos de prisão em regime fechado, em sessão ocorrida no último dia 10 de agosto. Em seu 1.º julgamento, Gildásio Teixeira Roma já havia sido condenado a 25 anos de prisão, em sessão ocorrida em 14 de março de 2000. Carlos Alberto da Silva Gomes, que era acusado de ter efetuado disparos contra o delegado-corregedor, foi absolvido em seu 2.º julgamento, por quatro votos a três, no quesito que se referia à autoria dos disparos. Quatro dos sete jurados concluíram que Carlos Alberto não foi o autor dos disparos (o autor estava encapuzado). Em seu 1.º julgamento (14/03/2000) ele havia sido condenado a 25 anos de reclusão. Gildenor Alves de Oliveira, acusado de ter contratado os matadores e de ter lhes fornecido as armas do crime, foi julgado durante os dias 13 e 14 de março de 2000, tendo sido condenado a 19 anos de prisão. O endereço do Tribunal do Júri da Justiça Federal de São Paulo é Praça da República, 299, centro da Capital paulista.
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