Mutuários e Caixa negociam as dívidas e chegam a acordos na Justiça Federal de São Paulo, durante a Semana Nacional de Conciliação – Meta 2
As audiências de 1ª e 2ª Instâncias para processos incluídos na Meta 2, continuam no Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3), em São Paulo. O mutirão está sendo realizado no Fórum Pedro Lessa, na Avenida Paulista, nº 1.682, no 12º andar, e tem em pauta processos do Sistema Financeiro da Habitação. Fotos: Ana Cristina Eiras / TRF3
Nas mesas de negociação, mutuários e Caixa Econômica Federal (CEF) tentam chegar a um acordo com a intermediação de um juiz federal. No dia de hoje, 16 de setembro, uma ação que corria na Justiça Federal desde 1995 foi finalizada com um acordo. A Caixa apresentou uma proposta para o mutuário liquidar o financiamento de quase 96 mil reais. O mutuário aceitou, pois já tinha em depósitos judiciais a quantia de R$ 80.671,00. O valor restante será pago à vista até o dia 13 de novembro.
Em outro caso que passou pela mesa de negociação, a dívida girava em torno de 90 mil reais e a Caixa propôs um acordo de quitação do imóvel por R$ 68.569,63. O mutuário aceitou a proposta e fechou o acordo.
A situação que mais chamou atenção, foi a apresentação de um processo que tinha uma dívida de R$ 85.756,95 e o acordo saiu por R$ 9.105,00 que será pago pelo mutuário até dia 15 de outubro.
Para o juiz federal Rodiner Roncada, que realiza audiências de conciliação desde abril, a maior dificuldade enfrentada é pelo lado do devedor, do mutuário. “Normalmente, para regularizar um contrato de financiamento, a pessoa precisa ter uma reserva financeira, para conseguir oferecer uma entrada e assumir o restante em parcelas ou até quem sabe conseguir quitar à vista. Mas, para isso, é necessário um recurso financeiro disponível, de preferência que venha sendo guardado a algum tempo. Muitas vezes, o mutuário opta por não pagar a parcela que está sendo cobrada pela Caixa e esse valor que não está sendo pago, ele pode constituir uma reserva. Nem precisa ser integral, mas uma parte desse valor. Isso vai trazer uma situação financeira confortável para o mutuário mais para a frente, para fazer um acordo tranquilo, e poder dar uma boa entrada”, informa o juiz federal.
Para ele, os mutirões de conciliação são bons tanto para mutuários quanto para a Caixa, e aproveita para dar um conselho: “Nós queremos chegar a um consenso quanto a valores. Então traga boa vontade, traga uma proposta, a Caixa faz uma proposta inicial e o mutuário pode fazer uma contraproposta. E traga também bastante paciência para chegar num resultado bom”.
Ana Cristina Eiras
Assessoria de Comunicação
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