Na capital paulista, os três principais tribunais do país estão reunidos no Memorial da América Latina

Há oito anos, Edson Lima comprou um apartamento financiado pela Caixa Econômica Federal. Depois de algum tempo, o metalúrgico descobriu que o imóvel tão sonhado estava cheio de problemas.

“Encanamento, fiação, estrutura da casa rachada, trincada, laje, quando chove, chove mais dentro de casa do que do lado de fora”, explica o metalúrgico.

Edson reclamou e chegou a pedir a reavaliação do imóvel. Mas de nada adiantou. As prestações ficaram altas demais e o caso foi parar na Justiça. A solução tão esperada aconteceu em poucos minutos durante a Semana Nacional da Conciliação.

Segundo ele, “foi muito bom e foi rápido. Graças a Deus foi tudo resolvido, muito mais do que eu pensava”.

O objetivo da conciliação é solucionar processos por meio de um acordo. Só em São Paulo, cerca de trinta mil audiências devem ser realizadas nos próximos dias. Uma oportunidade que atrai muita gente.

Mas, para participar é preciso fazer um agendamento. Na capital paulista, os três principais tribunais do país estão reunidos no Memorial da América Latina. Na Justiça Estadual serão discutidos assuntos que envolvem consumidores e direito de família. Já na esfera federal, juízes e conciliadores treinados vão ajudar a solucionar processos relativos à previdência social, ao Sistema Financeiro da Habitação e ao FIES – o crédito de financiamento estudantil. A expectativa é que 60% dos processos terminem em acordo.

O desembargador federal Antonio Cedenho, coordenador do Gabinete da Conciliação do Tribunal Regional Federal da 3ª Região deixa um recado: “É um apelo que eu faço para as pessoas que foram chamadas para a conciliação, venham para a conciliação, mesmo que em outra oportunidade a conciliação não tenha sido positiva, porque as propostas se modificam e sempre a favor do próprio mutuário”.

Este ano, além de juízes, a Justiça Federal formou uma equipe de conciliadores para ajudar no evento. Angélica, que é servidora há quase trinta anos, aceitou o desafio de trabalhar como conciliadora nesta Semana: “Eu acredito na conciliação. Eu tenho visto que tem surtido bons efeitos. Resolve não apenas o litígio, mas também tem um reflexo na vida social, na paz social”.  (Assista a reportagem abaixo)

Assessoria de Comunicação