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05 / abril / 2019
MARIO SERGIO CORTELLA ENCERRA CICLO DE PALESTRAS EM COMEMORAÇÃO AOS 30 ANOS DO TRF

Por que fazemos o que fazemos? Foi o tema do último encontro

O Tribunal Regional Federal da 3.ª Região (TRF3) promoveu na manhã desta sexta-feira (5/4) a palestra “Por que fazemos o que fazemos?”, ministrada pelo filósofo, escritor e educador Mario Sergio Cortella. O evento encerrou o ciclo de palestras em comemoração aos 30 anos do Tribunal.

A mesa de abertura da palestra contou com a presença da Presidente do TRF3, Desembargadora Federal Therezinha Cazerta, das Desembargadoras Federais Marisa Santos e Consuelo Yoshida e do Desembargador Federal André Nekatschalow, além da Juíza Federal em Auxílio à Presidência e idealizadora do evento, Raquel Perrini.

O palestrante ressaltou a importância de se ter uma vida com propósito. Cortella destacou que a vida é muito curta para ser pequena e explicou: “vida pequena é a que escolhemos (ou não) ter. Vida pequena é aquela que é banal, fútil, inútil, superficial ou morna”.

Por que faço o que faço?

Cortella lembrou que neste aniversário de 30 anos do Tribunal, é preciso perguntar: “Por que eu faço o que faço? Responder apenas que faz para sobreviver ou ganhar dinheiro é uma resposta muito limitada”, salientou. Ele exemplificou que para as três grandes religiões da humanidade - judaísmo, cristianismo e islamismo - haverá um juízo final. “O que me preocupa não é o final, mas o juízo”, brincou. Ele citou o livro do Apocalipse, da Bíblia, que diz que Deus vomitará os mornos. “Ser morno é não ser quente nem frio, é ser mais ou menos competente, mais ou menos envolvido, como um café morno, um refrigerante morno ou um casamento morno. Ser morno é economizar afeto. Afeto e conhecimento são duas coisas que se você guardar você perde”, ensinou.

O professor questionou “Por que faço o que faço na família, na minha atividade e como servidor público? Se temos o poder é para poder servir. Todo poder que não serve para servir, não serve!”, citou. A seu ver, temos que servir o outro, servir uma vida, servir uma causa, não é sobre servir a si mesmo.

Outra reflexão que o filósofo trouxe é sobre sermos decentes. “Eu estou sendo decente?”, perguntou e ensinou que decência vem do latim 'dec' que é embelezar, enfeitar.  “O decente enfeita e o indecente enfeia”. Essa palavra dá origem a  palavra decoro que vem de ornar, que é combinar. “Na vida tem coisa que orna e outra que não orna. Não combina com o propósito explícito", afirmou. Para o filósofo, a melhor maneira de sermos decentes é saber que não estamos imunes ou invulneráveis. Cortella enfatiza: “Tenho que proteger minha decência”.

Onde está o seu irmão?

Citando Gênesis, o professor Cortella contou a história de Caim e Abel, o primeiro crime da humanidade. Por inveja, Caim mata seu irmão e Deus lhe pergunta: Onde está o seu irmão? E a resposta foi: "por acaso, sou guarda do meu irmão?" Cortella ressalta que temos que proteger o correto, o que é justo e nos preocuparmos com o outro. Ele relembrou o trecho da música de Adoniran Barbosa: “Minha mãe não dorme enquanto eu não chegar”, que demonstra a essência do cuidado com o outro. “É preciso ter cuidado com o outro, não só um trabalho, mas uma fonte de vida” filosofa.

“Não somos imortais, mas podemos ser eternos”

O filósofo citou também o epitáfio de Mário Quintana, em Porto Alegre: “Eu não estou aqui”. Ele aproveitou para questionar “Qual legado vamos deixar? Qual é a nossa herança? Alguém dirá que você faz falta?”. Para Cortella, não somos imortais, mas podemos ser eternos, pela importância daquilo que fizermos e pela falta que faremos.

O palestrante falou também de excelência como um horizonte, não um lugar aonde se chega. “Excelente, é fazer mais que a obrigação”. Ele recomenda que nos afastemos da síndrome de “fazer o que é possível” e faz um contraponto com a expressão da língua inglesa “I will do my best!” (Eu farei o meu melhor!). Aconselhou a todos a fazer o melhor. “Faça a tua obra para que a sua vida não seja pequena”, destaca.

Cortella finalizou com a frase do rabino Hilel: “Se eu não for por mim, quem o será? Mas, se eu for só por mim, que serei eu? Se não for agora, quando? Lembre-se: A única coisa que você leva da vida é a vida que você leva”.

A Desembargadora Federal Therezinha Cazerta encerrou o evento elogiando a palestra que trouxe reflexões nesta semana quando o Tribunal completa 30 anos. Destacou que o papel da Justiça é contribuir para uma sociedade mais justa, com paz e que possa evoluir.  Enfatizou que “todos nós buscamos o melhor para nossos filhos e netos. Vamos fazer o nosso melhor, não só o possível. Nós somos capazes”.

 

Fotos: ACOM/TRF3
O filósofo Mario Sergio Cortella é recepcionado no Gabinete da Presidência do TRF3
Composição da mesa: Presidente Therezinha Cazerta (ao centro), ao seu lado direito: Mário Sérgio Cortella e o Desembargador Federal  André Nekatschalow. À esquerda da Presidente, as Desembargadoras Federais Consuelo Yoshida e Marisa Santos e a Juíza Federal Raquel Perrini
O filósofo, escritor e educador Mario Sergio Cortella trouxe a reflexão: "Por que eu faço o que eu faço"
Público presente ao evento que foi transmitido também por videoconferência
Da esquerda para a direita: Desembargadores Federais José Lunardelli, André Nekatschalow, Marisa Santos, Presidente Therezinha Cazerta, professor Mario Sergio Cortella e a Juiza Federal Raquel Perrini
Mario Sergio Cortela ao lado da Presidente Therezinha Cazerta aplaude os 30 anos do TRF3

 

Assessoria de Comunicação Social do TRF3

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