Objetivo é sensibilizar as pessoas para a responsabilidade socioambiental
Os analistas ambientais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) Isis Akemi Morimoto, Flávia Aguiar e Cláudio Massao Kawata ministraram palestra sobre o Programa Permanente de Proteção à Fauna Silvestre, no dia 5/6, no Tribunal Regional Federal da 3.ª Região (TRF3), dentro da Semana do Meio Ambiente.
As Desembargadoras Federais Consuelo Yoshida e Vera Jucovsky também participaram da mesa do evento.
Consuelo Yoshida explicou que as decisões judiciais tem impacto no meio ambiente e demandam conhecimento técnico, por isso a importância da reflexão, discussão e aprendizagem dos temas ambientais.
Os especialistas do Ibama apresentaram o Programa Permanente de Proteção à Fauna (P3F), cuja intenção é conscientizar o público sobre a importância de cada animal na natureza e seu impacto no meio ambiente e, sobretudo, desmistificar a crença de que animais em criadouro doméstico não podem ser soltos na natureza.
O veterinário Cláudio Massao Kawata explicou que a fauna brasileira conta com 19% das aves do planeta Terra e que há três mil espécies ameaçadas no Brasil devido à destruição de habitats naturais, à caça, à captura, ao comércio ilegal e à introdução de espécies exóticas invasoras.
Ele afirmou que há vários tipos de tráfico: animais para coleções particulares, partes de animais para comércio de subprodutos (penas, peles, garras e presas) para confecção de objetos de decoração ou peças de vestuário e animais para serem criados como bichos de estimação, grande destaque no território nacional.
A mestra ambiental Flávia Aguiar frisou que “todo animal tem funções ecológicas a cumprir em seu ecossistema”. A retirada constante de bichos de uma mesma espécie pode levar a extinções locais ou totais, além de afetar outras espécies, inclusive da flora.
Os traficantes de fauna são responsáveis por várias ações cruéis para garantir seus lucros. Animais são dopados, machucados na captura, transportados amontoados em pequenos espaços, sem ventilação, alimentação ou água. Lesões e mortes são muito comuns. Conforme dados do Ibama, aproximadamente 90% dos animais silvestres morrem logo depois de retirados de seu habitat natural.
A analista ambiental Flávia Aguiar também desmistificou a crença de que a soltura de animais silvestres criados em casa é missão impossível e esclareceu que a soltura é feita com critérios técnicos e respaldo.
“De cada cem animais, um só não se habitua novamente ao meio natural”, afirmou a analista.
Já a especialista Isis Akemi Morimoto ressaltou que os modismos podem ser perigosos para o meio ambiente. Por exemplo, estão a utilização de brincos de penas de aves, tapetes de peles de animais ou a moda de ter um animal silvestre em casa como répteis (cobras e lagartos), corujas, papagaios e tartarugas.
“Quando a mídia mostra algum famoso ganhando um papagaio de presente do Dia das Mães, logo as pessoas vão querer fazer o mesmo. Temos que desencorajar esses modismos”, afirmou Isis. Ela concluiu sua apresentação com a frase: “Troque a gaiola por um binóculo”, salientou a especialista.
Os analistas do Ibama ressaltaram, ainda, que o comércio ilegal de animais está intimamente envolvido com a disseminação de zoonoses (doenças transmitidas pelos animais aos humanos), como a tuberculose, gastrenterocolite, problemas pulmonares, hanseníase e inúmeras doenças.
No encerramento do evento, os palestrantes apresentaram alguns vídeos e entregaram cartilhas com a causa ambiental, que são utilizados para conscientizar a população. No site do Ibama também estão disponíveis outros materiais de educação ambiental.
ACOM/TRF3 |
![]() |
![]() |
![]() |
Palestra apresenta Programa Permanente de Proteção à Fauna Silvestre no TRF3 |
Assessoria de Comunicação Social do TRF3

Esta notícia foi visualizada 1683 vezes.
Assessoria de Comunicação Social do TRF3
Email: acom@trf3.jus.br