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12 / junho / 2019
MIGRAÇÕES HUMANAS SÃO TEMA DE RODA DE CONVERSA NO TRF3

Evento contou com a participação de Frei Luciano, Gestor da Fraternidade - Federação Humanitária Internacional

A Presidente do Tribunal Regional Federal da 3.ª Região (TRF3), Desembargadora Federal Therezinha Cazerta, recebeu, no dia 11/6, Frei Luciano (Francesco Gullo), Gestor Geral da Fraternidade - Federação Humanitária Internacional (FFHI), para uma roda de conversa sobre “Migrações Humanas e Fraternidade - Diante de Um dos Maiores Desafios do Século XXI”, na Escola de Magistrados da Justiça Federal da 3.ª Região (EMAG).

A Presidente do TRF3 mediou a conversa, que contou, como debatedores, com os Desembargadores Federais Paulo Fontes e Inês Virgínia e a Presidente da Comissão da Mulher Advogada da OAB-SP, Claudia Luna. O Diretor da EMAG, Desembargador Federal José Lunardelli, a Desembargadora Federal Marli Ferreira (Presidente do TRF3 entre 2007 e 2010), o Presidente do Tribunal Regional Federal da 1.ª Região (TRF1), Desembargador Federal Carlos Eduardo Moreira Alves, e o Juiz Federal em Auxílio à Presidência do TRF1, Rodrigo Navarro, prestigiaram o evento.

Com a presença de magistrados e servidores da Justiça Federal de São Paulo, Frei Luciano, Gestor Geral da Fraternidade - Federação Humanitária Internacional (FFHI), falou da participação permanente da Fraternidade em Roraima, especialmente nas cidades de Pacaraima e Boa Vista, com presença e acolhimento da FFHI desde 2016, de indígenas e de refugiados venezuelanos. A FFHI promove, na região, atendimento médico, odontológico, psicológico, atividades educacionais, artísticas, aulas de português, espanhol e Warao, atividades recreativas, ajuda na inserção ao mercado de trabalho e incentivo à manifestação da cultura indígena Warao, desde 2017 em parceria com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).

Frei Luciano descreveu o trabalho da Instituição em cinco abrigos no estado de Roraima e explicou a diferença do acolhimento de refugiados no Brasil e na Colômbia. Para ele, Pacaraima sofre uma grande crise humanitária, que segue, e apresenta diversas vulnerabilidades, como o tráfico de pessoas e de crianças e a prostituição. Afirmou que entre 350 e 400 pessoas chegam, diariamente, à região. "Hoje, com essa grande quantidade de pessoas, beiramos o colapso", declarou.

Ele relatou que, inicialmente, os refugiados chegam a um posto de triagem, próximo a Pacaraima, passam pelo primeiro abrigo de acolhimento e, depois, são enviados para Boa Vista, se houver espaço em algum abrigo. Após isso, começa o cadastramento para entrevistas e organização do processo de interiorização coordenada pelo Exército.

Porém, apesar da situação complexa, o Frei destacou a atuação do Ministério da Defesa na região. Apontou como fundamental a Operação Acolhida, intervenção do Exército, em janeiro de 2018, para organizar a entrada dos refugiados no Brasil e o trabalho de acolhimento, até a regularização de documentos e a interiorização dos venezuelanos nas comunidades brasileiras.

"Sem o trabalho do Exército Brasileiro, já estaríamos vivendo o caos", afirmou. "A participação do Exército no conjunto da crise humanitária de Roraima, deve ser reconhecida, pois manifesta um aspecto de acolhimento e serviço, que todo brasileiro deveria tomar como exemplo."

Indagado sobre uma solução para a questão, Frei Luciano disse não ter a pretensão de apresentar uma resposta.

"Nós temos uma atividade humanitária que, independente de qualquer coisa, entende que o ser humano merece um acolhimento, um primeiro atendimento e, se possível, algum encaminhamento igualmente digno", ressaltou.

A Desembargadora Federal Therezinha Cazerta agradeceu a presença do Frei na Corte e mostrou-se comovida com os relatos trazidos pelo Gestor Geral da Fraternidade.

“Se, por um lado, a questão humanitária toca a todos nós, nosso país também vive uma dificuldade concreta e fazemos parte disso. O mundo não será melhor, se não for melhor para todos”, declarou.

Coordenador da Central de Conciliação do TRF3, o Desembargador Federal Paulo Fontes expressou sua admiração pelo trabalho e citou o exemplo da Alemanha, no acolhimento de refugiados. Falou também do difícil trabalho de conciliar a vontade de acolher com a desestruturação que a imigração causa nos países.

Em nome da Comissão Mulher Advogada da OAB-SP, a advogada Claudia Luna parabenizou Frei Luciano pelas iniciativas que considera fundamentais em um contexto complexo e desumano como o que está ocorrendo em Roraima.

A Desembargadora Federal Inês Virginia parabenizou o trabalho e destacou que é muito inspirador saber que existem pessoas dedicadas a amar o próximo todos os dias.

Fraternidade - Federação Humanitária Internacional

A FFHI já realizou 22 missões humanitárias nacionais e internacionais, juntamente com associações civis, dentro e fora do Brasil. A atuação dos missionários ligados à entidade inclui atendimento médico, terapêutico, psicológico, lúdico, artístico e educacional, além dos animais e meio ambiente.

A entidade criada e sediada no Brasil, no município de Carmo da Cachoeira (MG), vem realizando missões humanitárias desde a década de 1990 - Comunidade Figueira. Seus voluntários já marcaram presença em verdadeiras catástrofes sociais, naturais e ambientais, em fugas de conflitos e em perseguições de cunho étnico, em países como Etiópia, Ruanda, Nepal, Turquia, Egito e Argentina, além do Brasil.

Para fazer doações (financeiras, de milhas), deve-se entrar em contato pelo e-mail secretaria@fraterinternacional.org ou https://doeparafraternidade.org/checkout/. Todas as ações da FFHI são ofertadas gratuitamente e manifestadas voluntariamente pelos servidores, os quais devem estar doados a uma causa superior. A condição de "estar doado" é a mola que impulsiona todo o trabalho, cuja participação é espontânea, voluntária e não remunerada. Destaca-se que não existe cobrança de nenhuma espécie a quem recebe os frutos desse trabalho abnegado.

ACOM/TRF3
Da esq. p/ dir.: Frei Sebastian (Secretário do Conselho da Fraternidade), Desembargadora Federal Therezinha Cazerta (Presidente do TRF3), Leda Garcia da Eira (Secretária Executiva da Fraternidade), Frei Luciano (Gestor Geral da Fraternidade)
Roda de conversa com Frei Luciano na EMAG
Da esq. p/dir.: Desembargador Federal Paulo Fontes, Frei Luciano, Desembargadora Federal Therezinha Cazerta (Presidente do TRF3), Advogada Claudia Luna (Presidente da Comissão da Mulher da OAB-SP), e Desembargadora Federal Inês Virgínia
Público prestigia a roda de conversa sobre “Migrações Humanas e Fraternidade”
A Presidente do TRF3, Therezinha Cazerta, foi a mediadora da conversa
Frei Luciano ministra palestra na EMAG
Material da Fraternidade distribuído aos participantes da roda de conversa

Assessoria de Comunicação Social do TRF3

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Email: acom@trf3.jus.br



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