Iniciativa dissemina métodos de solução de conflitos a estudantes do ensino fundamental
O presidente do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3), desembargador federal Carlos Muta, participou, no dia 18 de outubro, da inauguração da sala de conciliação na Escola Municipal de Educação Básica (Emeb) Vereador Augusto dos Santos, em Itaquaquecetuba/SP. Na ocasião, 14 alunos tomaram posse como conciliadores.
A ação integra o projeto “É de pequeno que se aprende a Conciliar”, apoiado pelo Gabinete da Conciliação do TRF3 (Gabcon). A iniciativa tem a finalidade de levar aos estudantes do ensino fundamental métodos e ferramentas da solução consensual de conflitos. A prática será utilizada na resolução de situações conflitantes vividas no ambiente escolar.
Emeb Vereador Augusto dos Santos (Fotos: Acom/TRF3)
“O grande aprendizado desse projeto é que podemos alcançar grandes êxitos com a conciliação, qualquer que seja a idade, o ambiente e tipo de conflito, basta boa vontade, estudo das técnicas e prática cotidiana. Vocês são os protagonistas, a primeira geração de pequenos grandes conciliadores”, observou Carlos Muta.
A coordenadora da Central de Conciliação de São Paulo (Cecon/SP), juíza federal Ana Lúcia Iucker Meirelles de Oliveira, destacou a relevância do programa e o trabalho desenvolvido pelos professores de Itaquaquecetuba.
“Nós estamos transmitindo valores, e as crianças adquirindo um amadurecimento emocional maravilhoso”, disse.
Conciliadores cantaram uma música sobre conciliação e paz
No início do evento, 14 alunos tomaram posse como conciliadores. A estudante Marina explicou que o conciliador deve manter escuta ativa, contato visual e postura corporal.
Em seguida, os alunos cantaram uma música sobre conciliação e paz. "Vocês sabem onde começa a paz? No meu coração e no seu coração”, refletiu Marina.
Integrantes da mesa de honra durante a apresentação musical
Presente na inauguração, o vice-prefeito de Itaquaquecetuba, Rogério Pereira Maia Tarento, explicou que conciliar é oportunidade de contato e entendimento do conflito. “A solução consensual é o melhor caminho”, complementou.
A secretária municipal de Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação Maria Cristina Perpétuo dos Santos Soares salientou que o projeto vai além dos muros da escola. “Nós teremos uma nova geração entendendo o respeito pelo outro.”
Sala de conciliação
A sala é um espaço dedicado à tentativa da resolução de conflitos pela solução consensual. Após a inauguração, foi realizada uma audiência de conciliação mediada pelo conciliador Isaac.
Sala de conciliação
Ele se apresentou a dois estudantes envolvidos em uma briga, relatou as ocorrências e esclareceu o seu papel em ajudá-los a chegar a uma conclusão amigável.
Cada um contou a versão dos fatos e Isaac perguntou se eles tinham ideia de solução. Os alunos pediram desculpas e se comprometeram a não brigar mais. A audiência foi encerrada com um aperto de mão.
Resultado da primeira conciliação entre os estudantes
Segundo Wagner Marques, gestor da Casa de Projetos Educacionais Paulo Freire, a inauguração compõe uma das etapas do projeto e representa um avanço.
“É um dia muito simbólico no sentido de impulsionar a cultura da paz, mitigar os conflitos do cotidiano escolar e apontar uma convivência harmoniosa entre os estudantes.”
Projeto
O “É de pequeno que se aprende a Conciliar” foi idealizado pela conciliadora da Cecon/SP Rosane Sanches Antunes. O município de Itaquaquecetuba foi o primeiro a aderir ao programa, que é desenvolvido pela Secretaria Municipal de Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação, desde o início deste ano
As unidades de ensino integral Emeb Vice-Prefeito Alfredo Gonçalves Ferreira da Silva, Emeb Village e Emeb Prefeito Benedito Barbosa de Moraes também participam do programa.
Atualmente, a iniciativa atende 1.150 alunos e há previsão de que cada unidade instale uma sala de conciliação. “O projeto é transformador e veio para ficar”, concluiu Rosane Sanches Antunes.
Projeto atende 1.150 alunos da rede municipal de Itaquaquecetuba

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Assessoria de Comunicação Social do TRF3
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