Evento promoveu troca de experiências e apresentou dados para construção de políticas públicas voltadas à saúde física e mental dos servidores
O terceiro e último dia do V Congresso Brasileiro dos Serviços de Saúde do Poder Judiciário e do VI Seminário da Política Nacional sobre Saúde dos Magistrados e Servidores, realizado em 21 de agosto na sede do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3), em São Paulo/SP, foi marcado por oficinas práticas e colaborativas voltadas à saúde mental no ambiente de trabalho.
Organizadas pelo Laboratório de Inovação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), as oficinas, no auditório e hall nobre do 25º andar, buscaram a construção coletiva de soluções para os desafios enfrentados por magistrados e servidores. A programação foi estruturada em etapas de imersão, mapeamento de atores, rodadas de ideação e apresentação de propostas.
Oficinas debatem saúde mental no ambiente de trabalho, no último dia do congresso (Fotos: Acom/TRF3)
Pela manhã, os participantes realizaram um levantamento dos principais desafios relacionados à saúde mental no Judiciário, seguido por um mapeamento dos atores envolvidos na promoção do bem-estar institucional. Posteriormente, as oficinas foram retomadas com rodadas de ideação, nas quais os grupos propuseram estratégias inovadoras para enfrentar os problemas identificados.
No período da tarde, os participantes se dedicaram à construção de propostas concretas, que foram posteriormente apresentadas em plenária. As ideias mais votadas serão transformadas em sugestões de atualização das políticas de saúde no âmbito do Poder Judiciário, reforçando o compromisso com a escuta ativa, a inovação e a valorização dos profissionais da Justiça.
Servidor Santo Pa Ci Wu tocou músicas ao piano no intervalo das oficinas
Durante os intervalos, houve programação especial do projeto “Vamos Descontrair”, com apresentação de músicas clássicas e populares ao piano pelo servidor do TRF3 Santo Pa Ci Wu, para tornar o ambiente ainda mais acolhedor aos participantes do Congresso.
Ao final, a plenária aprovou 23 propostas de atualização de normativos, que serão enviadas ao CNJ, como resultado das ideias levantadas durante as mesas-redondas.
Presente no encerramento, o conselheiro do CNJ e presidente do Comitê Gestor Nacional de Atenção Integral à Saúde de Magistrados e Servidores do Poder Judiciário, Guilherme Feliciano, anunciou que irá se empenhar para a implementação das sugestões aprovadas. “Levarei as propostas. A minha intenção é encaminhá-las no que for possível.”
Em nome do comitê, ele parabenizou o TRF3 por sediar o evento. “Abrigar o evento demonstra a preocupação institucional com essa questão.”
O desembargador federal João Eduardo Consolim disse que o Congresso será importante na condução dos trabalhos do CNJ e da construção do modelo desejado da Justiça.
“Somos pessoas que prestamos serviços a outras pessoas. Sem saúde, não temos produtividade nem empatia com o próximo.”
O evento
Entre os dias 19 e 21 de agosto, o evento organizado pelo CNJ e TRF3 reuniu, na sede do Tribunal, profissionais da saúde e da Justiça de todo o país para debater políticas públicas voltadas ao bem-estar físico e mental dos trabalhadores do Judiciário.
Durante a conferência inaugural, foram apresentados dados que apontam o crescimento dos afastamentos de servidores em decorrência de transtornos mentais e comportamentais, atualmente entre os principais motivos de licença no setor. Os debates reforçaram a necessidade de uma política nacional de saúde ocupacional, com ações estruturadas e baseadas em dados confiáveis.
Profissionais da saúde e da Justiça de todo o país participaram do Congresso
O evento também destacou avanços normativos, como a Resolução CNJ nº 560/2024, que amplia condições especiais de trabalho para servidores e magistrados com adoecimento mental.
Foram discutidas estratégias para fortalecer as unidades de saúde dos tribunais e o uso de tecnologias como inteligência artificial, telemedicina e monitoramento assistencial em tempo real, com foco na humanização e na equidade no acesso.
Mesas-redondas, com o apoio do Laboratório de Inovação da Justiça Federal de São Paulo – iJuspLab e do Laboratório de Inovação do TRF3 – iLabTRF3, abordaram temas como perícia médica, doenças ocupacionais, gestão de saúde, riscos psicossociais, judicialização da saúde e qualidade de vida no trabalho. Os participantes defenderam uma abordagem multidisciplinar e preventiva, com escuta ativa dos trabalhadores e promoção de ambientes organizacionais saudáveis.
Laboratoristas orientaram participantes na oficina de saúde mental no trabalho
Judiciário mais humano e eficiente
O encerramento do evento reafirmou o compromisso do CNJ, do TRF3 e das instituições presentes com a construção de um Judiciário mais saudável, humano e eficiente. A iniciativa reforça a importância de ambientes organizacionais que promovam o bem-estar, a prevenção de adoecimentos e a valorização dos profissionais da Justiça.
A expectativa é que os resultados do Congresso sirvam de base para o aprimoramento das políticas públicas voltadas à saúde ocupacional, com foco na equidade, na humanização e na inovação como ferramentas de transformação institucional.
Veja as notícias sobre o evento:
CNJ e TRF3 abrem Congresso sobre saúde no Judiciário
“Perícias Médicas” é tema do segundo dia do congresso sobre saúde no Judiciário
Assessoria de Comunicação Social do TRF3
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