Termos foram firmados entre o MPF, a União e representantes dos povos originários no interior paulista
O coordenador do Gabinete da Conciliação do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (Gabcon/TRF3), desembargador federal Hélio Nogueira, homologou, nos dias 24 e 29 de setembro, termos de acordo para atender demandas de saúde e saneamento básico nas aldeias indígenas Jejyty e Pindoty, interior paulista.
Os termos foram firmados entre o Ministério Público Federal (MPF), a União e representantes das aldeias, no âmbito de mediação pré-processual.
As mediações foram conduzidas pela advogada Célia Regina Zapparolli, que atua por meio de acordo de cooperação entre o TRF3 e a Associação dos Advogados de São Paulo (AASP).
Aldeia Jejyty
O MPF ingressou com a Reclamação Pré-Processual 5018332-98.2024.4.03.6100 com base em fatos relatados em Inquérito Civil Público, relacionados à precariedade dos serviços de saúde e saneamento básico em aldeias do município de Iguape/SP.
Segundo o órgão ministerial, a comunidade da Aldeia Jejyty, situada na Terra Indígena Ka'aguy Hovy, não dispõe de Unidade Básica de Saúde Indígena (UBSI) para a realização adequada de atendimentos médicos e odontológicos.
Além disso, foi constatada condições precárias na infraestrutura de saneamento básico, sistemas de captação, tratamento e distribuição de água, módulos sanitários e rede de esgoto.
A Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) reconheceram a necessidade de atendimento das demandas e a responsabilidade pela implementação das ações.
O Gabcon realizou sessões de mediação por videoconferência.
A União se comprometeu a atender às demandas da Aldeia Jejyty, já previstas no Plano Distrital de Saúde Indígena (PDSI), e com anuência das partes envolvidas.
Conforme Termo de Acordo em Mediação Pré-Processual e Decisão Homologatória, foi definido cronograma para a construção de uma UBSI, de módulos sanitários domiciliares e de sistema de abastecimento de água na aldeia.
Aldeia Pindoty
Em abril de 2024, o MPF ajuizou a Reclamação Pré-Processual 5008545-45.2024.4.03.6100, com base em Inquérito Civil Público que, desde 2008, apontava condições extremamente precárias nos atendimentos de saúde da comunidade indígena da Aldeia Pindoty.
Mais de 13 anos depois, a UBSI prevista para a localidade ainda não havia sido construída. Embora prevista em diversos planos distritais de saúde indígena, a unidade sequer constava do Plano Distrital em vigor na época.
Também foi verificada a ausência de ações para o saneamento básico, como a manutenção no sistema de esgotamento de fossas, melhorias sanitárias domiciliares e sistema de abastecimento de água, colocando em risco a saúde e o meio ambiente local.
O Gabcon realizou sessões de mediação por videoconferência.
A União reconheceu a urgência da situação e se comprometeu a atender as demandas da Aldeia Pindoty, localizada em Pariquera-Açu/SP.
Conforme Termo de Acordo em Mediação Pré-Processual e Decisão Homologatória, foi definido cronograma para a construção de uma UBSI, de módulos sanitários domiciliares e de sistema de abastecimento de água na aldeia.
O Gabcon intimará as partes a cada três meses para ciência dos documentos apresentados pela União e enviará as informações às lideranças indígenas, de modo a permitir a avaliação sobre a necessidade de novas sessões de mediação, acompanhamento do cronograma e busca de soluções.
Assessoria de Comunicação Social do TRF3
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