Desembargador federal Carlos Muta e juiz federal Eurico Zecchin Maiolino foram recebidos por equipe do CAAF/Unifesp
O coordenador do Gabinete da Conciliação do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (Gabcon/TRF3), desembargador federal Carlos Muta, visitou, na última terça-feira (8/11), a nova sede do Centro de Antropologia e Arqueologia Forense, da Universidade Federal de São Paulo (CAAF/Unifesp).
O centro é responsável pela identificação dos remanescentes ósseos encontrados em valas clandestinas no Cemitério Dom Bosco, em São Paulo/SP, conhecido como “Cemitério de Perus”. A primeira fase do projeto foi concluída em junho deste ano.
O trabalho desenvolvido pelo CAAF é fruto de acordo promovido pelo Núcleo de Ações Complexas do Gabcon/TRF3 em Ação Civil Pública ajuizada pelo Ministério Público Federal (MPF). O juiz federal Eurico Zecchin Maiolino, que conduziu as sessões de conciliação, também acompanhou a visita.
Durante o encontro, os profissionais do centro, chefiados pelo diretor do CAAF, professor Edson Telles, apresentaram aos magistrados as novas instalações e explicaram o funcionamento de cada uma das etapas da identificação dos remanescentes ósseos.
O coordenador do Gabcon, desembargador federal Carlos Muta; a chefe de gabinete do Gabcon, Elaine Helito; o juiz federal Eurico Zecchin Maiolino, responsável pelas audiências de conciliação do caso Perus; e o professor Edson Telles (Foto: Acom/TRF3)
O coordenador do Gabcon considerou a visita gratificante. "Nós, que lidamos com processos, estamos acostumados a ter conhecimento documentado dos fatos. Numa visita técnica como essa, podemos conhecer como as coisas realmente acontecem, as pessoas envolvidas no trabalho e trocar experiências e percepções", declarou o desembargador federal Carlos Muta. Ele destacou a formação sólida e a dedicação dos profissionais envolvidos nos trabalhos.
Para o magistrado, os resultados obtidos no caso ajudam a vencer preconceitos. "É um êxito que demonstra que a conciliação pode atingir situações nunca antes imaginadas pela nossa tradição jurídica, com resultados expressivos em termos de desenvolvimentos de soluções para o caso concreto, em um processo sensível sob o ponto de vista político e sociológico".
Caixas com remanescentes ósseos da vala clandestina de Perus (Foto: Acom/TRF3)
O juiz federal Eurico Zecchin Maiolino lembrou que o processo foi encaminhado para a conciliação há cerca de seis anos e que foram realizadas aproximadamente cinquenta audiências de conciliação. "Desde a formalização do acordo até o acompanhamento de sua execução, sempre houve necessidade de intermediação do Gabinete da Conciliação para solucionar questões importantes que surgiam. É um trabalho extremamente complexo e delicado que envolve a participação de muitas entidades, mas deve ser enaltecida a disposição para o diálogo de todos os envolvidos e, nesse contexto, o CAAF tem conduzido o trabalho com muita seriedade", destacou. O juiz federal ressaltou, ainda, que graças ao caso de Perus, a Unifesp criou um "centro de excelência em arqueologia e antropologia forense, com evidentes ganhos para a instituição e para a sociedade.”
Segundo o professor Edson Telles, a experiência nas audiências trouxe ganhos institucionais para o CAAF. "Foi muito importante aprender a lidar com esses diferentes sujeitos, com interesses diversos, sempre com o objetivo de buscar soluções", explicou. "Hoje, conseguimos realizar esses diálogos até mesmo fora do gabinete", revelou.
Equipes do CAAF/Unifesp e do Gabcon/TRF3 (Foto: Acom)
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Assessoria de Comunicação Social do TRF3
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