Primeiro painel trouxe palestrantes para discutirem gerenciamento de processos, motivação e expectativas do Judiciário
O Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3) está realizando nesta segunda-feira, 13/6, um Seminário Nacional sobre Gerenciamento de Processos nos Tribunais, em parceria com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e Conselho da Justiça Federal (CJF). A abertura do evento contou com a participação da ministra Eliana Calmon, corregedora nacional de Justiça. Fotos: João Fábio Kairuz / ACOM / TRF3 1 - Composição da mesa do 1º Painel do Seminário: desembargador federal Francisco Barros Dias, do TRF5; desembargador Nelson Nazar, presidente do TRT2; professora Marisa Éboli, FEA-USP; servidora Rosana Maier dos Santos, analista do TRF4 2, 3 e 4 - Plateia composta por desembargadores e juízes federais, servidores e público em geral 5 - Desembargador Nelson Nazar entrega certificado de participação dos palestrantes
Após a abertura, magistrados, servidores e o público participaram do primeiro painel do seminário, das 9h30 às 12 horas, que abordou o tema “A Nova Realidade dos Tribunais Brasileiros”. A mesa foi presidida pelo desembargador Nelson Nazar, presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região.
O painel contou com a palestra do desembargador federal Francisco Barros Dias, do Tribunal Regional Federal da 5ª Região, que tratou do tema: “Gerenciamento e Triagem de Processos nos Gabinetes”. O magistrado mostrou para os ouvintes a sua experiência em assumir um gabinete com mais de seis mil processos e que no prazo de dois anos conseguiu zerar o acervo.
Segundo ele, a primeira atitude que tomou foi a de fazer uma reunião com a equipe e estabelecer metas de redução do acervo. Para alcançar os resultados, o desembargador aplicou três tipos de técnicas: dos processos, do aspecto pessoal e técnica da estrutura material.
A técnica dos processos traduziu-se por organizar e selecionar os processos por assuntos, estabelecendo metas semanais, mensais e até anuais, verificando a possibilidade de produção e facilitando o acesso para dirimir dúvidas com reuniões mensais. A técnica do aspecto pessoal significou orientar e incentivar o servidor no aperfeiçoamento do serviço e aprofundamento dos temas, formando um grupo coeso com objetivos definidos e, ainda, a utilização de estagiários e distribuição de servidores em cada tarefa. A terceira técnica empregada foi a da estrutura material, onde o magistrado procurou obter da informática o máximo de recursos possíveis para facilitar e agilizar os trabalhos.
Motivação e Expectativa
A segunda palestra do painel contou com a presença da professora doutora Marisa Pereira Éboli, da Faculdade de Economia e Administração – FEA/USP, com o tema “Como Estruturar, Motivar e Administrar Relações Humanas no Local de Trabalho”. Segundo ela, ética e significado do trabalho são os únicos motivadores e as pessoas talentosas precisam de um grande gestor.
Do ponto de vista da palestrante, o líder é o elemento crítico na construção de locais de trabalho produtivos e na questão de mobilizar energia e as relações humanas. O líder tem que dar ênfase na prática e no desafio para proporcionar saltos de aprendizagem, delegando atribuições em situações crescentes de complexidade, ou seja, liderança requer prática e autocorreção.
Ela destaca o papel do líder educador, que deve mostrar interesse pessoal de proximidade na orientação e no desenvolvimento das pessoas. Outra prática importante é a de dar feedback, ou seja, um retorno específico e construtivo em tempo real do trabalho realizado.
A professora encerra seu discurso afirmando que “o diálogo é a principal ferramenta de um líder educador” e deixa dicas básicas para se tornar um líder: preparar, desafiar e acompanhar o funcionário.
Expectativas do Servidor
A servidora Rosana Maier dos Santos, analista judiciário do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, encerrou os trabalhos da manhã com a palestra “A Visão e as Expectativas do Servidor”.
A palestrante acredita que a visão do servidor atualmente é mais voltada para a colaboração e organização do serviço e que é preciso que aconteça um gerenciamento do trabalho para se chegar a um objetivo comum. A visão do servidor também é pautada pela responsabilidade e pelo reconhecimento das expectativas dos jurisdicionados e da opinião pública. E na regra é um profissional bem qualificado e que participa de cursos regulares.
Para ela, o ambiente de trabalho é um fator importante tanto em termos de visão quanto em expectativas. É um local onde se forma a equipe, onde todos são participantes, colaboradores e esperam que o ambiente de trabalho seja saudável, cordial e agradável.
O servidor também tem a expectativa do feedback, do retorno do seu desempenho dentro da equipe para que se sinta motivado. “Não é demais dizer que a postura hoje da magistratura e de todo o corpo de servidores do Judiciário deve estar voltada à concretização da justiça e à satisfação das partes é a razão de ser de todo o aparato processual”, concluiu a servidora.
Ana Cristina Eiras
Assessoria de Comunicação
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Assessoria de Comunicação Social do TRF3
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